Estamos nos aproximando do pleito eleitoral – faltam 65 dias – e a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será candidato. Esta visão míope constrange as demais lideranças que apostam em Fernando Haddad.
Nem mesmo o balde de água fria jogado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luiz Fux, que rejeitou o pedido de um advogado para declarar o ex-presidente Lula inelegível desde já, mas ajustou o texto de sua decisão para incluir nele a expressão “inelegibilidade chapada”, em referência ao petista, tira o ânimo, ou melhor, a certeza absoluta da senadora.
Lula está preso em Curitiba desde abril, depois de ter sido condenado em segunda instância no caso do tríplex de Guarujá (SP). O PT tem dito que vai pedir ao TSE o registro de candidatura do ex-presidente -que, para Fux, é ficha-suja. O pedido de registro de candidatura pode ser feito até o próximo dia 15.
O despacho do ministro é de terça (31) e foi inicialmente noticiado pelo portal UOL. Depois que o teor da decisão foi tornado público, mas antes de o texto ser oficialmente publicado no Diário da Justiça Eletrônico, Fux fez o retoque. “Não obstante vislumbrar a inelegibilidade chapada do requerido [Lula], o vício processual apontado impõe a extinção do processo”, acrescentou o ministro à sua decisão.
“A decisão que dei foi meramente formal. Uma pessoa do povo promoveu um pedido de inelegibilidade do presidente. Certamente essa pessoa tem uma ideia que vários outros brasileiros têm, e entendeu que sozinha poderia promover essa ação. Eu julguei extinto o processo”, disse Fux a jornalistas na noite desta quarta (1º), em evento no TSE.
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