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Bandido liberado em saidão rouba, sequestra e mata três pessoas


"Não sabemos até agora quem o saidão beneficia. O bandido? E a gente?" O questionamento indignado é da professora Gisele Barbosa, 26 anos, sobrinha de Márcio Barbosa de Oliveira. O homem de 53 anos morreu no sábado, vítima de acidente causado por Paulo Brás de Oliveira Júnior, 23, que, após roubar um relógio na Asa Sul, roubou o carro de Ilza Nogueira de Souza, 62, e fez de refém ela e o sobrinho de 6 anos. Na fuga com o carro de Ilza, acabou batendo na Kombi dirigida por Márcio, matando também Gizelda da Silva Mota. 

Na manhã desta segunda-feira (13/8), amigos e familiares sepultaram o corpo de Márcio no cemitério de Planaltina. Ao menos 30 pessoas compareceram. Gisele contou que a família ficou sabendo da tragédia pela televisão. "Estávamos todos no aniversário de 3 anos da minha filha quando um tio meu chegou com a notícia. A alegria do dia acabou no mesmo momento", relembra.

A professora conta que o tio era brincalhão e adorava crianças. "A minha filha era muito apegada. Tive que dizer a ela que o tio foi brincar com os anjinhos", disse, emocionada. A família está revoltada com o crime. "Ele acabou com a nossa família e outras. Queremos saber por que ele estava em regime semiaberto. Ele tem 23 anos, tem a vida inteira para matar e, nem que fique a vida inteira preso, meu tio não vai voltar."

Márcio deixa a mãe, cinco irmãs e dois irmãos. Depois do enterro, a mãe dele, Beatriz Barbosa de Oliveira, 83 anos, precisou sair apoiada por parentes. Ela passou mal e desmaiou. Uma das irmãs, Sandra Barbosa, 47, também demonstrava indignação com o ocorrido. "Tem que ter alguma lei, alguém que impeça esses saidões. Eles vão soltos e nós ficamos presos", protestou.

Prisão preventiva
Em audiência de custódia pela manhã, o juiz Aragonê Nunes Fernandes, da Primeira Vara Criminal de Brasília, converteu em preventiva a prisão de Paulo Brás. Na decisão, o juiz disse que o auto de prisão em flagrante evidencia a gravidade concreta dos fatos e a periculosidade social do autuado. 

"Não é demais afirmar que ele faz do crime seu meio de vida", declarou o juiz. Paulo cumpria pena em regime semiaberto pelos crimes de roubo e formação de quadrilha. Agora, volta para o regime fechado.
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