Ponto alto das noites de São João, as quadrilhas são as atrações mais esperadas das festas juninas que vão até agosto no Distrito Federal. Responsáveis por trazer diversão e animar o público, os grupos juninos da capital são reconhecidos nacionalmente como donos de um estilo único de dança, conhecido como “arriuna”, além de ritmos típicos da música brasileira como o xaxado, coco e o forró.
Em constante expansão, o movimento junino de Brasília conta com mais de 100 grupos juninos espalhados pelas regiões administrativas do DF e Entorno, além de duas federações a Linq-DFe e União Junina Brasiliense, no qual dão suporte para a organização de circuitos de competição, arraiais solidários e, até, a realização de campeonatos nacionais.
A Liga Independente de Quadrilhas do Distrito Federal e Entorno (Linq-DFe) foi fundada em 2002, da união dos grupos juninos em busca de financiamentos, políticas públicas, patrocínios e profissionalização do movimento. É a primeira federação junina criada em Brasília, dando origem ao 1° Circuito de Quadrilha Junina do Distrito Federal e Entorno, no qual a campeã garante vaga para o Campeonato Nacional de Quadrilhas.
Valorização
Fundada em 2013, a Federação das quadrilhas juninas de Brasília (União Junina Brasiliense), foi criada com a proposta de valorizar e emancipar a tradição junina das quadrilhas, promovendo maior competitividade e promoção do movimento.
“Tivemos a ideia de criar uma outra federação, após percebemos que alguns valores juninos das quadrilhas estavam se perdendo; então, tomamos como princípio valorizar este movimento, que vai muito além da competição, com projetos de inclusão e ações sociais”, explica Hamilton Tatu, presidente da União Junina Brasiliense.
Com a proposta de divulgar e plantar raízes juninas em locais onde o movimento não é tão expressivo, as quadrilhas da União Junina dedicam parte das suas apresentações para ações sociais, além de promover a dança. Exemplo disso são as quadrilhas juninas de Samambaia, como a Pau Melado — bicampeã do Campeonato Junino Brasileiro, promovido pela Confederação Nacional de Quadrilhas Juninas e Grupos Folclóricos — e o grupo junino Os Banguelas de Valparaíso.
“O movimento junino sofreu uma transformação muito grande durante os últimos 15 anos. Hoje, além da dança, investimos em projetos sociais no qual atendemos mais de 1.000 crianças, com os institutos sócio-culturais da Pau Melado e da quadrilha Os Banguelas”, explica Tatu. Entre os projetos estão aulas de forró, balé, judô, informática e aulas de reforço escolar.
Atualmente a União Junina conta com 46 grupos, que neste ano vão passar por cinco cidades administrativas, com três etapas competitivas e outras duas solidárias. O início do circuito começa no próximo sábado, com a abertura oficial em Samambaia, no quadradão da QS 106.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
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