Moradores de Samambaia tiveram de "peregrinar" na
manhã desta quinta (05/04) em busca de atendimento médico. Unidades de
Pronto-Atendimento (UPAs) de regiões como Samambaia, Recanto das Emas e
Ceilândia restringiram as consultas aos casos mais graves, e negaram
assistência aos outros pacientes.
Em nota, a
Secretaria de Saúde confirmou que as UPAs de Ceilândia e Samambaia estavam
trabalhando "com restrição, atendendo apenas pacientes classificados como
vermelho e laranja". As cores, baseadas no protocolo de triagem de
Manchester, se referem aos casos de "emergência" e "muita
urgência".
Segundo a
pasta, a restrição foi determinada porque "as unidades estão trabalhando
em lotação máxima". Pacientes que procuraram as UPAs na manhã deste sábado
disseram que as emergências estavam vazias, frente a escalas com dois ou três
médicos.
Com crise de
asma, febre, dor no corpo, tontura e ânsia de vômito, a operadora de
telemarketing Janaína de Jesus foi classificada com a cor amarela na UPA de
Samambaia. No Recanto das Emas, recebeu a pulseira verde, de casos ainda menos
graves.
Após passar por três unidades, ela voltou para casa pouco antes das
12h, sem atendimento.
Como as UPAs não ofereceram
ambulâncias para fazer o transporte entre as unidades, ela teve de recorrer
ao transporte privado. Até as 11h30, ela já tinha gastado R$ 50 em um
aplicativo de corridas. Nas três UPAs por onde passou, ela não conseguiu nem um
remédio ou uma inalação.
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