Para garantir a cobrança justa dos consumidores e evitar perdas no sistema de abastecimento de água, o laboratório de micromedição da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb-DF) analisa a qualidade dos hidrômetros usados pela população.
O serviço prestado pelo laboratório recebe duas avaliações externas. Uma é anual, feita pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Nessa, o órgão distrital consegue nível de excelência desde 2013.
A outra é organizada por empresas de saneamento, fabricantes de hidrômetros e laboratórios de medição. O objetivo é estabelecer um padrão para as análises de medidores de água no Brasil. Desde 2015, o laboratório da Caesb apresenta resultados satisfatórios em 100% das medições.
Medições feitas pela Caesb
Os laboratórios de macromedição da Caesb medem a quantidade de água que sai de reservatórios e estações de tratamento. Já o de micromedição inspeciona a qualidade dos medidores residenciais e de comércios.
Segundo o coordenador de Tecnologia de Micromedição, da Caesb, Clóvis Ribeiro, a avaliação é feita por amostragem de lotes, para não precisar recolher todos os hidrômetros de uma vez. “Digamos que uma série tenha 4 mil medidores. Nós recolhemos cerca de 200 para analisar”, explica.
De acordo com Ribeiro, aproximadamente 300 contadores de água são aferidos por mês no laboratório. O número, na prática, representa os milhares de equipamentos dos lotes dos quais eles fazem parte.
Assim, apenas em 2016, com base nas amostras, a Caesb concluiu que 78 mil hidrômetros não estavam dentro dos padrões de qualidade. Por isso, todos foram trocados.
Hidrômetros são avaliados de acordo com normas do Inmetro e da ABNT
Na avaliação dos contadores usados, o laboratório no DF segue a Portaria nº 246 do Inmetro. Para os recém-fabricados, a norma é a 15.538, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Quando a companhia precisa de novas unidades, faz uma licitação. “A empresa ganhadora manda a amostra, e a gente determina se a Caesb pode fazer a aquisição”, informa o coordenador de Tecnologia de Micromedição.
Se um lote é reprovado pelo laboratório, a empresa deve fazer outra série de hidrômetros, sem custos extras para a Caesb.
Para os medidores instalados em residências, o órgão tem registro dos anos em que foram colocados e dos resultados das avaliações. “A média de troca é de oito anos, mas existem diferenças nos padrões de qualidade de cada lote”, detalha Clóvis Ribeiro.
Como exemplo, ele mostra, na tabela de lotes dos registradores instalados em Brasília, uma série implementada há 15 anos que ainda passa nas avaliações.
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