Na madrugada desta terça-feira (9), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 35ª DP (Sobradinho II), em uma ação conjunta com outras delegacias, deflagrou a Operação Suor Sagrado. O resultado da operação foi a prisão de um grupo de golpistas e a apreensão de diversos bens relacionados a um esquema fraudulento que enganava as vítimas com promessas de rendimentos elevados e oportunidades de investimento.
A operação teve como alvo quatro mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão em diversas regiões administrativas, incluindo Sobradinho, Ceilândia, Planaltina de Goiás e Rio Verde, em Goiás, onde está localizada a sede de uma empresa agropecuária que inicialmente financiou o grupo.
A investigação, que se estendeu por seis meses, revelou que os investigados, atuando como uma organização criminosa, obtiveram vantagem econômica ilícita prejudicando diversas vítimas ao longo do tempo.
Estratégias fraudulentas
O grupo atraía vítimas com promessas de rendimentos de até 7% ao mês, explorando aqueles que buscavam oportunidades de investimento. Além disso, realizavam financiamentos de veículos sem o conhecimento dos legítimos proprietários, resultando em grandes prejuízos financeiros.
A organização adquiriam centenas de produtos eletrônicos sem realizar efetivamente o pagamento, prejudicando tanto as empresas quanto os consumidores. Utilizavam, também, máquinas de cartão para realizar compras simuladas, obtendo valores das operadoras de cartão de crédito sem a intenção de pagamento, causando prejuízos às operadoras e aos clientes.
Segundo o delegado-chefe da 35ª DP, Ricardo Viana, o grupo é liderado por dois residentes de Sobradinho, um dos quais construiu uma imponente residência no terreno do sogro na região. “Acreditamos que dezenas de pessoas tenham sido vítimas do golpe, mas ainda não registraram ocorrências, pois estão negociando seus créditos”, explica.
Dos quatro mandados expedidos pela Justiça do Distrito Federal, três são membros da mesma família: pai (50 anos), filho (28 anos) e filha (26 anos). O quarto preso é outro morador da cidade, com 24 anos de idade. A investigação segue em curso para desvendar todo o esquema fraudulento e garantir que os responsáveis respondam judicialmente por seus atos.
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