Funcionários do Hospital de Campanha de Santa Maria denunciaram a exposição de pacientes e o uso de sacolas de lixo para enrolar uma vítima da Covid-19 na unidade de terapia intensiva (UTI). De acordo com relatos e imagens, o corpo embalado em saco preto e fita crepe estava em uma maca ao lado de pessoas internadas.
A enfermeira que expôs a situação à reportagem desabafou: “Estão embalando óbitos com sacola de lixo por falta de invólucro. Pedi para filmar e denunciar. Desumana essa situação”, lamentou.
O drama ocorre na unidade de saúde administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica (Iges). O corpo estava na maca na noite de segunda-feira (5/4), no primeiro andar da UTI para pacientes com Covid-19.
O que diz a empresa ASM
A Associação Saúde em Movimento (ASM) comentou o caso, por meio de nota enviada à reportagem. Confira, abaixo, a íntegra:
“A Instituição chegou à capital federal em Agosto/2020, com o papel de estabelecer seus serviços de gestão em saúde no combate da covid-19. Por conseguinte, a Instituição através de normativas legislacionais condicionadas pelos órgãos de saúde e vigilância sanitária, possui protocolos assistenciais, entre eles, o de manejo e preparo do corpo pós-morte na UTI-COVID.
A documentação incitada foi baseada nas orientações do Ministério da Saúde, disponível em www.saude.gov.br, e ANVISA na nota técnica 04, de 31/03/2020. Além disso, o documento está disponível internamente nas Unidades administradas pela ASM para toda equipe que se responsabiliza pelo manejo, reforçadas com orientações rotineiras pelas lideranças que pertencem ao fluxograma do processo.
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