
Daniel era o companheiro de Romária. Kyara e Adrian, filhos dela. O garoto esteve internado no Hospital de Base até a manhã de quarta-feira (26/02/2020), quando não resistiu aos ferimentos causados pelo fogo. O corpo foi liberado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) na tarde de quinta, e a família preferiu enterrá-lo no mesmo dia.
Antes de o caixão ser enterrado, Romária se agarrou à urna branca e chorou. Sem acreditar em mais uma perda, ela repetia: “Meu filho, meu filho”, perguntando “como isso foi acontecer”.
Entre as pessoas presentes na cerimônia de despedida, estavam as professoras de Adryan na creche em que ele passava o dia. “Ele gostava muito de história, principalmente do lobo mau. Era uma criança muito alegre”, conta Simara Silva, 38, uma das educadoras.
Miranildes Campelo, 49, também dava aulas para o menino e diz que ainda não há clima para a volta às aulas. “Iríamos recomeçar na próxima segunda, mas não tem como. O Adryan e a Kyara estudavam lá. Dois assim, não tem como… Ficou para o dia 9”, lamenta.
Roberta da Silva, 34, tia de Romária, era uma das mulheres da família que mais tinha contato com Adryan. Acostumada a recebê-lo em casa, ela diz que o garoto era muito carinhoso. “Passava muito amor. Eu falava para a Romária que ele era o filho mais lindo dela”, conta.
O que irá sobrar agora são as boas lembranças que Adryan deixou, ela diz. “Minha filha brincava muito com ele. Era muito meigo. Sempre que a gente chamava, vinha correndo.”
0 comentários:
Postar um comentário