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Rhuan foi assassinado em Samambaia "só porque era menino e nasceu menino". afirma Jair Bolsonaro



Na última quinta-feira (11/7), durante sua tradicional transmissão ao vivo, o presidente Jair Bolsonaro voltou a citar o caso. "O casal de lésbica cortou o piu-piu porque achava que ele nasceu para ser mulher. Sem comentários", disse, depois de afirmar que "abortar de vez a questão da ideologia de gênero" será uma das bandeiras do Brasil caso seja reeleito para o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.



Ao sugerir que Rhuan é uma vítima da ideologia de gênero, o presidente se une a diversos políticos e personalidades que fizeram a mesma relação. Dias depois da morte de Rhuan, em 12 de junho, por exemplo, foi criado na Câmara dos Deputados o projeto da Lei Rhuan Maycon, que prevê elevação da pena de 30 para 50 anos de reclusão em casos de crimes contra crianças e adolescentes, especialmente "havendo motivação para impor a ideologia de gênero". O projeto foi protocolado pelos deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Carla Zambelli (PSL-SP), para quem Rhuan foi assassinado "só porque era menino e nasceu menino".


A frase de Zambelli faz uma relação clara com o feminicídio, crime recentemente tipificado e que designa o assassinato de uma mulher pelo simples fato de esta ser mulher. Posições como a da deputada levantam uma questão: se a cultura machista pode ser apontada como motivadora de feminicídios, a ideologia de gênero pode ser apontada como causa, ou ao menos pano de fundo, para o assassinato de Rhuan? 

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