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Bombeiro do DF é preso por desviar munição da PM e do Exército

 Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou uma operação nas primeiras horas desta quarta-feira (5/12) para desmantelar um esquema de desvio de munições de fuzil da Polícia Militar do DF e do Comando do Exército para alimentar facçõescriminosas no Rio de Janeiro. A operação Fogo Amigo cumpre mandados de prisão temporária contra sete suspeitos. Um deles, apontado como líder da organização, é bombeiro militar do DF e foi preso.

O militar aparece nas investigações no topo do organograma do esquema criminoso, sendo responsável por viabilizar os desvios com a ajuda de terceiros. Abaixo dele, estão os atravessadores com a função de planejar e executar o transporte das munições de uso restrito até que chegassem a morros do Rio. O cliente mais habitual, segundo a apuração, é o Comando Vermelho. O receptador de uma das remessas, no bairro da Penha, foi identificado como “Macaquito”.

Entre os mandados de prisão, dois foram cumpridos no Rio de Janeiro, contra Eduardo Vinícius Brandão e William Sebastião Pessoa, que já estavam presos. Mesmo assim, eles precisaram ser notificados, uma vez que as novas ordens de detenção podem evitar que saiam do presídio caso o prazo da prisão atual vença. O restante dos alvos está no Distrito Federal, onde também serão cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.

As investigações começaram a partir da prisão de Eduardo e William, com o apoio da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Eduardo foi flagrado em fevereiro deste ano ao tentar retirar 1.529 munições de fuzil de uma transportadora de cargas, no Rio. Em junho, William teve o mesmo destino ao ser flagrado na BR-040 com 1.390 projéteis escondidos em um carro de passeio.
A origem das munições acendeu o sinal de alerta dos investigadores: tinham sido compradas pela Polícia Militar do DF e Comando do Exército, segundo informou aos investigadores a empresa fabricante, que marca todos os projeteis vendidos a órgãos de segurança pública por determinação do Estatuto do Desarmamento. A partir dessas informações repassadas pela polícia do Rio, onde os dois homens continuam presos, os investigadores de Brasília aprofundaram as apurações, chegando aos demais suspeitos.
O esquema ocorria desde pelo menos 2017, segundo as investigações. “É possível constatar a atuação de uma organização criminosa responsável pelo desvio de munições compradas pelo Estado para posterior revenda para facções criminosas instaladas no Rio de Janeiro, em especial o Comando Vermelho”, aponta o inquérito, observando ainda que os grupos “travam uma guerra urbana no estado do Rio, que ironicamente está sob intervenção militar”.
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