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GDF corta transporte e deixa idosos sem van para fazer hemodiálise em Samambaia


“Temos a consciência de que podemos morrer a qualquer momento. Mas, enquanto estamos fazendo hemodiálise, a máquina traz melhora na qualidade de vida. Não podemos ficar sem ela”. O relato é da dona de casa Leane Ferreira da Páscoa, de 29 anos. Há quatro anos, ela frequenta o IDR três vezes por semana e deixa claro que a vida dela depende das máquinas de hemodiálise. “Tenho dois filhos e quero estar presente na vida deles”. Na clínica de três andares, o clima de indignação é visível entre funcionários e pacientes. Segundo a gerente de enfermagem, Márcia Cristina, o IDR não recebe pelos serviços prestados desde agosto. 

“Somos a maior clínica da região. São mais de 200 pacientes atendidos apenas pelo SUS. Nossa folha é de quase R$ 500 mil por mês. Em quatro meses, são quase R$ 2 milhões em falta”, conta. A gerente alega que a clínica tentou cortar gastos para não afetar os pacientes, mas a situação se tornou insustentável. “Esse dinheiro não é para gente, é para os pacientes. Não temos mais de onde tirar para dar o atendimento. Na sexta, comprei duas caixas de dialisadores para ter diálise hoje (ontem) e amanhã (hoje).

 Assim, os pacientes vão vir para cá e eu vou conseguir explicar o que está acontecendo”, afirma. A falta de recursos veio mesmo depois de investimentos na clínica. “Trocamos as máquinas, aumentamos o número de enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos. Aumentamos em 45% a capacidade de atendimento, como a própria secretaria reconheceu”, explica a gerente de enfermagem. “O problema não é nosso. Não devemos funcionários, só que não temos nem crédito no mercado para pagar fornecedores”, acrescenta. 

Tratamento cria vínculos Apesar dos problemas, Márcia abre um sorriso ao falar dos pacientes. “Viramos uma família. Temos paciente que está há 15 anos aqui. Eles nos convidam até para almoço na casa deles”, comenta. Por isso, ela diz que o sentimento de insatisfação é ainda maior. “Para nós, está massacrante. Não estamos pedindo nada, é só pagar o que é de direito dos pacientes. Se cumprirem com o que está na lei, trabalharemos felizes. Parece que o governo está tirando o direito deles de viver. Estamos desesperados como se fosse uma mãe sem c
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