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Rollemberg no rumo de casa


Cada político imprime o seu jeito de ser, de acreditar, de ver o mundo quando no exercício de funções públicas legislativa ou executiva. Ninguém dá o que não tem.!
O governador Rollemberg não podia fazer diferente do que fez, erramos todos nós que acreditamos no candidato, porque sua vida política pregressa indicava outros rumos, bem diferentes do que ele nos apresentou na eleição de 2014.
Ninguém se preocupou, como ele hoje faz com seus adversários, em saber como atuavam os  auxiliares que o acompanharam durante anos a fio. A turma dos segredos sempre foi mantida com cargos altos e deferências, afinal guardam informações que valem ouro. 
Rollemberg, sempre atento a manobras que podiam mantê-lo no poder esqueceu-se de avaliar o novo momento político que o Brasil vive, impregnado de tecnologia da informação. Whatsapp, redes sociais, áudios vídeos, dentro e fora dos palácios foram criados para manter o poder, mas outros foram feitos também por “amigos” que se sentiram ameaçados e se sujeitaram ante a força do governo e que hoje servem como barganha da liberdade

Cometeu vários erros e em todos deixou patente a sua forma intolerante e totalitária, esqueceu que a política é a arte e governar com o povo, para o povo e pelo povo.
 Fez uma trajetória solitária desde os primeiros dias de seu governo quando dispensou o apoio de Cristovam que fora eleito em 2010 com 833.480 votos e Reguffe com 821.715 votos, senadores eleitos com mais votos que o próprio governador que conseguiu 812.036 votos. 

 Logo depois começou a sua perseguição às lideranças políticas do DF, começando por aqueles que o ajudara a chegar ao Buriti. Queria o poder absoluto e para isto precisava destruir lideranças consolidadas com mandatos, então iniciou a sua derrocada política, tentando destruir a imagem da CLDF, cujos deputados vinham fazendo um belo trabalho na comunidade e não era um puxadinho do Buriti. Jogou seus erros em cima da Mesa Diretora para se safar de um possível impeachment e manteve a sua base política com mãos de ferro, muitas vezes questionando deputados rebeldes com a ameaça: -“Você não tem medo da Dracon?”
Enganou amigos leais como o deputado Agaciel, Juarezão e Luzia de Paula e Joe Valle que não tiveram o espaço politico que mereciam, em contrapartida sempre prestigiou o seu grupo pessoal e todos os lugares de expressão do governo foram ocupados pelo candidato do PSB derrotado, Marcos Dantas.  Seus auxiliares mais importantes como Fábio Gondim, Romulo  Neves, Hélio Doyle  saíram do governo  como opositores ferrenhos.

 Rollemberg não conseguiu eleger os exs-secretários do Trabalho Thiago Jarjour,  do Meio Ambiente Igor Tokarski, e a polêmica Secretária de Projetos Especiais, Maria Abadia, que a seu mando dividiu o PSDB impedindo assim que o partido disputasse a eleição para o governo.
Os que saíram vencedores já eram conhecidos pela população do DF, Roosevelt Vilela já havia ocupado uma cadeira na CLDF em  2015, sendo por duas vezes administrador no DF e representante de uma classe politizada que é a dos bombeiros  e a Leila do Vôlei que já era uma personalidade reconhecida nacionalmente e um ator novo na política e ainda fora indicada e carregada pelo deputado da Universal Júlio  César.

 Rollemberg não teve nada a comemorar no primeiro turno.
Ficou a lição: ninguém governa sozinho.

Hoje, solitários, desgastado, sente o gosto amargo da derrota chegando a passos largos. Vai deixar o governo do Distrito Federal no dia primeiro de janeiro e será acompanhado por um pequeno séquito amedrontado porque não sabe o futuro que os espera.  Que não seja igual ao dos outros parceiros antigos de Rollemberg.

 Leila, a senadora eleita, deve ser cautelosa e sábia para não ser engolida nas teias do “Fiquei feliz em ver as criancinhas se alimentando 5 vezes por dia nas creches”, mas que esqueceu de dar uma alimentação digna para as criancinhas da rede pública escolar, no seu governo, conforme  foi amplamente  noticiado no Distrito Federal.
 
MCLNetto
19/10/2018
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