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Homem que matou a ex mulher com golpes de machado em Samambaia é condenado a mais de 17 anos de prisão


Elza da Costa Cruz foi morta com golpes de machado, em Samambaia, no ano passado. Justiça considerou meio cruel e que dificultou defesa da vítima; cabe recurso
A Justiça do Distrito Federal condenou, a 17 anos e meio de prisão, o homem acusado de matar a ex-mulher com quem era casado há 20 anos, em 2017. Segundo o processo, ele cometeu o crime porque discordava do desejo dela de adotar filhos.
Elza da Costa Cruz foi assassinada com golpes de machado e faca. A decisão em segunda instância foi divulgada nesta quinta-feira (25). Cabe recurso.
O crime foi em fevereiro do ano passado, na QR 404, em Samambaia. A vítima dormia no momento em que foi golpeada, pelas costas, por Anésio Rodrigues da Cruz. O G1 não localizou a defesa do réu.
Feminicídio
Os desembargadores que analisaram o caso confirmaram o status de "homicídio qualificado", com quatro agravantes: feminicídio, motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
"[Ela] não teve chance de se defender, pois, além da desproporção de forças, o ataque foi inopinado, tendo o réu a golpeado quando estava deitada na cama, onde o corpo foi encontrado", diz o processo.
Para os magistrados, é evidente a caracterização de feminicídio por haver razões determinadas pela condição feminina, "típicas de violência doméstica e familiar". "A infeliz mulher almejava adotar uma criança e convencer o marido, porque não conseguiram gerar filhos no conúbio conjugal".
Redução de pena
Para definir a pena, o relator do caso e desembargador George Lopes levou em consideração o histórico de conduta social do réu, que, segundo ele, "deixa muito a desejar".
Testemunhos colhidos em juízo mostram que Anésio era quase sempre um "elemento perturbador da ordem e da paz" na família e que costumava humilhar a mulher na frente dos parentes, "depreciando-a e e ferindo seu amor próprio, com ofensas à dignidade e decoro".
Apesar dos depoimentos, a 1ª Turma Criminal de Brasília foi parcialmente favorável ao recurso da defesa de Anésio, que pedia a redução da pena de 20 anos de prisão, fixada ainda na 1ª instância.
Ao analisar os recursos, os desembargadores entenderam que o cálculo da pena deveria, sim, ser ajustado para reduzir o tempo de reclusão "em razão da confissão espontânea do acusado". Com a justificativa, a Turma fez novos cálculos e fixou o tempo em 17 anos e 6 meses de prisão, em regime inicial fechado.
Relembre o caso
Na madrugada de 12 de fevereiro do ano passado, Elza Mendanha da Costa Cruz foi assassinada pelo ex-marido com golpes de machado e de faca. Segundo as investigações, o crime foi motivado por uma "discussão banal" quanto ao desejo da esposa de adotar uma criança.
A idade da vítima e do acusado não foram informadas, mas de acordo com o processo, trata-se de uma mulher idosa.
Por G1
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