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A crescente violência nas escolas públicas do DF


A violência dentro das escolas públicas é uma realidade enfrentada por professores e alunos diariamente no Distrito Federal. Não bastasse a estrutura precária dos estabelecimentos, docentes, jovens e crianças vivem uma rotina de desrespeito, ameaças, agressões verbais e físicas.
A situação aferida por números é assustadora: 97,15% dos educadores da rede pública já presenciaram atos de violência dentro dos centros de ensino, conforme revelou pesquisa realizada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro) com 1.355 profissionais de várias regiões administrativas.
O levantamento escancara as mazelas da rede de ensino público no DF e reforça a sensação de insegurança provocada pela onda de violência que atinge a capital federal, onde 73% dos brasilienses sentem-se pouco ou nada seguros, segundo pesquisa encomendada pelo Metrópoles ao Instituto FSB.
Entre os docentes ouvidos pelo Sinpro, 97,15% disseram ter presenciado episódios de agressão e ameaça entre os alunos; e 57,98% foram vítimas da violência. O caso mais recente ocorreu no Centro de Ensino Fundamental 507, em Samambaia, quando um aluno de 16 anos tentou dar um soco no vice-diretor do colégio, Alex Cruz Brasil, 45 anos.
O adolescente havia sido suspenso por jogar melão nas colegas, na semana anterior, e foi barrado na entrada ao tentar acessar a sala de aula na segunda-feira (10/9). De acordo com Alex, o estudante ficou revoltado, partiu para cima dele, tentou desferir um soco em seu rosto, mas atingiu o ombro. O adolescente, então, puxou um canivete automático e ameaçou furar o educador.
Alex teme uma possível retaliação do aluno, que retomou as atividades no mesmo dia do episódio e foi colocado para fora de sala pela professora por indisciplina. “Estou vivendo com medo: olho para os lados a todo momento, fico de costas para a parede e sempre evito ir para a porta do colégio”, conta. Procurada pela reportagem, a direção do colégio informou que casos de ameaça são recorrentes.
Um relatório ao qual o Metrópoles teve acesso mostra que apenas nessa unidade de Samambaia 603 ocorrências disciplinares foram registradas entre janeiro e a quarta-feira (12). O vice-diretor foi responsável por registrar 75% dos episódios. Entre os casos, 210 referem-se à desordem e 145 são relativos a brigas e ameaças. Além do adolescente de 16 anos envolvido na briga com o gestor, 203 alunos acabaram suspensos por comportamentos indisciplinares. 

FONTE: METROPOLES
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