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Adolescente é atropelado e agredido após furtar bicicleta

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Um adolescente foi atropelado propositalmente na Asa Norte depois de furtar uma bicicleta motorizada e fugir, na noite dessa terça-feira (14). O caso ocorreu por volta das 21h30, na Quadra 716. O motorista que dirigia o carro testemunhou o furto e saiu em perseguição ao menor, segundo a Polícia Militar.
Após ser atingido pelo automóvel, o garoto ainda teria sido agredido pelo condutor. Na sequência, uma aglomeração de populares tomou conta do lugar – alguns com o desejo de linchar o rapaz. O jornalista Elton Pacheco, que jantava com amigos em um restaurante na região, viu o tumulto e correu para verificar o que acontecia.
“Foi um barulho muito forte. Parecia colisão entre dois carros. Quando saí correndo com meus amigos, vimos um menino negro, aparentando ser menor. Ele estava bastante machucado”, diz a testemunha.
Pacheco conta que se posicionou para evitar um possível linchamento. Segundo ele, havia pelo menos três homens empurrando e chutando o menor. Enquanto isso, demais curiosos engrossavam o coro de xingamentos contra o adolescente e incentivavam as agressões. “Fico pensando o que teria acontecido se eu não estivesse ali com os meus amigos”, emenda o jornalista.
A polícia foi chamada por Elton, e o motorista foi embora antes da chegada dos policiais. O homem dirigia um carro branco, mas a placa não foi anotada. O sangue tomou conta do lugar. O menino foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF). Depois de medicado, foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).
Não há informações sobre quem seria o dono da bicicleta furtada. A Divisão de Comunicação (Divicom) da Polícia Civil foi procurada pelo Jornal de Brasília, mas informou não ter encontrado ocorrência com com base nas informações fornecidas pela reportagem.
A situação dividiu opiniões entre as testemunhas. Enquanto muitos incentivavam as agressões, Elton e outros presentes condenaram a atitude. “O Estado tem leis. Direitos Humanos valem para todo mundo. A pessoa que comete um crime deve pagar de acordo com a lei. O que a gente viu ontem foi que fazer justiça com as próprias mãos não leva a nada. O que me deixa menos triste é saber que enquanto há justiceiros, há outras pessoas que não permitem que isso aconteça”, concluiu Elton.
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