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Curso profissionalizante aumenta em 48% a chance de conseguir emprego em Samambaia


GTECH CURSOS
Os trabalhadores com curso profissionalizante têm 48% mais chance de conseguir um emprego no Brasil do que os candidatos com apenas ensino médio. A constatação foi feita nesta quarta-feira (26/5) pelo pesquisador Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), ao avaliar os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE entre 2002 e março de 2010.
As vantagens para o trabalhador mais qualificado não param aí. Em pleno apagão de talentos, os candidatos capacitados saem ganhando quanto à oportunidade de emprego formal e remuneração. A chance de conseguir uma vaga com carteira assinada são 38% maiores para os candidatos que concluíram algum curso técnico do que os seus concorrentes. E o salário chega a ser 13% superior.
om tantas vantagens, a educação profissional começa a atrair mais brasileiros. Historicamente considerados de menor importância para o mercado de trabalho no Brasil, os cursos de qualificação profissional, de ensino médio técnico e graduação tecnológica nunca tiveram tantos interessados quanto neste ano. O estudo da FGV mostrou que em março de 2004 12,56% da população em idade ativa (pessoas acima de 10 anos) havia concluído algum curso profissionalizante. Em março de 2010, o percentual foi de 22%. “Infelizmente, a educação profissional sempre foi tratada, no Brasil, como algo inferior, ao contrário da realidade em outros países, como a Alemanha”, afirma Marcelo Neri. “Mas a falta de mão de obra qualificada tem imposto a necessidade de uma preparação para o mercado de trabalho mais rápida e pragmática.”
Setores e regiões
Nem todos os setores econômicos valorizam tanto os cursos profissionalizantes quanto as empresas automobilísticas, o mercado financeiro e a indústria do petróleo. Nas montadoras, cerca de 46% dos trabalhadores passaram por algum curso profissionalizante. Na área financeira, especialmente nos bancos, o percentual chega a 38%, e no setor de petróleo, o número fica em 37%. Apesar de ser uma atividade em franca expansão no Brasil, o agronegócio conta com apenas 7% de profissionais formados em cursos técnicos, uma situação que tende mudar, na opinião de Marcelo Neri. Os estados com o maior número de trabalhadores formados em cursos profissionalizantes são o Distrito Federal (31,13%), Paraná (28,07%) e Rio Grande do Sul (25,92%).
Realizado pela FGV, o estudo A Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho foi uma encomenda do Instituto Votorantim, braço social do grupo Votorantim, que investirá R$ 46,6 milhões em 2010 nos 24 estados onde está presente. “Além de subsidiar os projetos do instituto, esse estudo contribui para levar mais informação aos jovens e às suas famílias”, afirma Célia Picon, diretora do Instituto Votorantim.
Para o pesquisador da FGV, informar ao jovem e também à sua família das oportunidades de ensino é fundamental para o Brasil melhorar os indicadores de educação. “Não basta conquistar apenas o jovem. Uma revolução na qualidade da educação brasileira passa pela conquista da família”, diz Neri. Ele lembra que 80% do desempenho do estudante em sala de aula decorre do nível cultural de seus pais e familiares – um dado que, obviamente, não pode ser menosprezado.
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