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“Não foi acidente”, diz polícia sobre médica suspeita de matar o filho

A Polícia Civil não acredita em acidente no caso da médica suspeita de matar o filho com overdose. O menino de três anos já havia sido internado em janeiro deste ano por tomar medicamentos da mãe, e a reincidência afastaria suspeita de negligência. As motivações serão apuradas, mas a mulher já foi indiciada por homicídio duplamente qualificado. Se condenada, ela pode ficar reclusa por até 30 anos.
“A situação psicológica deve ser analisada para ver se ela tinha capacidade de entender o que estava fazendo e domínio das capacidades mentais. Assim, pode ter a pena reduzida ou até deixar de responder pelo caso. Ela fazia tratamento desde 2016 para depressão”, afirmou o delegado Ataliba Nogueira.
Para ele, é estranho o fato de, segundo testemunhas, ela não ter tentado socorrer o filho.
“Isso só se erra uma vez. Quem é mãe, sabe”, emenda Nogueira.
Dinâmica do fato
Uma testemunha disse que a mãe desceu, com um corte no pescoço, gritando que teria matado o filho e queria se matar. Quando subiu, encontrou a vítima aparentemente dormindo na cama. Essa pessoa, que não teve a identidade divulgada, encontrou cartelas de remédios controlados – Frontal e Ritalina. A mulher ainda não pôde ser ouvida por estar sob efeito de medicamentos.
A mamadeira, localizada praticamente cheia, foi encaminhada para a perícia. Tanto o laudo do conteúdo do objeto quanto o toxicológico do Instituto Médico Legal (IML) devem sair em até 30 dias. Laudos psicológicos também devem ser acrescentados ao processo. Outras testemunhas e familiares vão ser ouvidos. Em depoimento, o pai da criança disse que a médica era boa mãe, mas vinha em quadro de depressão, que inclusive causou o término do casamento.
O caso é apurado como homicídio seguido de tentativa de suicídio. “Pelo conjunto dos fatos, acreditamos que pode ter sido causado pela depressão, mas não podemos descartar que nesse momento ela foi autora do homicídio duplamente qualificado por envenenamento e sem direito a defesa e atentado contra a própria vida”, explicou o delegado. 
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