A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou, nesta terça-feira (19/6), aumento médio de 8,81% na conta de luz dos brasilienses. O reajuste extra entra em vigor na sexta (22) e atinge cerca de um milhão de consumidores da Companhia Energética de Brasília (CEB).
Trata-se do segundo aumento na conta de energia em menos de um ano – em outubro de 2017, o reajuste foi de 8,46%. E neste ano a concessionária do DF queria mais: 30%.
Como a legislação prevê apenas uma atualização de valores por ano, a CEB submeteu à Aneel o pedido de Revisão Tarifária Extraordinária. O pleito foi alvo de uma consulta pública. No entanto, a única manifestação sobre o assunto foi da própria CEB. A estatal argumentou que precisaria de um aumento muito maior, de 30%, para reequilibrar as contas.
O reajuste extraordinário foi aprovado em audiência pública da Aneel na tarde desta terça-feira (19). De acordo com o colegiado, o aumento será sentido de maneira diversa pelos consumidores de alta e baixa tensão – sendo a média 8,88% para os primeiros e de 8,78% para os demais.
Ao fazer o pedido de revisão tarifária, a empresa argumentou que precisava balancear as contas. Segundo a estatal, os custos com compra de energia e encargos setoriais não foram totalmente cobertos com o último reajuste (8,46%), aplicado em outubro do ano passado.
Em nota, a CEB informou que a revisão tarifária é para cobrir os custos com a compra de energia gerada por termelétricas devido à crise hídrica, “que elevou o custo da energia no Mercado de Curto Prazo a valores extremamente elevados”. De acordo com a estatal, a situação gerou um rombo no caixa das distribuidoras de energia de todo o país. No DF, o desfalque seria de pelo menos R$ 200 milhões.
Desde 2015, o mercado de energia elétrica é afetado por essa situação, e a inadimplência acumulada deve chegar a números próximos dos R$ 3 bilhões, de acordo com o Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
Além do aumento extra autorizado nesta terça (19), os consumidores devem se preparar para novo reajuste em outubro, este anual e normalmente autorizado pela Aneel. Porém, o percentual ainda não foi definido.
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