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Preço de ovo de Páscoa sobe menos desta vez

Os comerciantes do DF parecem ter entendido o recado dado após as reclamações dos consumidores quanto a valores cobrados nas Páscoas passadas. Conforme o Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), o preço máximo dos ovos caiu R$ 330 para este ano, estabelecendo teto de R$ 650, e a quantia média a ser desembolsada por cada produto sofreu poucas variações.
Campanhas nas redes sociais em 2016 e 2017 pediam para as pessoas boicotarem os ovos, pois o preço por grama deles era superior ao das barras de chocolate. Na mesma linha, citou-se que o mesmo produto exportado para os EUA, por exemplo, tinha um valor menor, mesmo após a conversão da moeda, que o vendido no próprio País. Não à toa, há dois anos o comércio teve a pior venda de sua história, segundo o Serasa.
Em comparação com 2017, grosso modo, o Jornal de Brasília encontrou no mercado as mesmas variações entre R$ 19,90 e R$ 39,90, em média, para ovos padrões de 300g a 400g. Ainda existem dúvidas sobre a vantagem de adquirir barras de chocolate, mas para atacar esse gargalo os estabelecimentos têm investido em promoções.
“O movimento já cresceu desde o último fim de semana, com grandes liquidações no estilo compre um e leve dois, descontos e por aí vai”, explica o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro. “Os comerciantes estão fazendo de tudo para vender o estoque até quinta, pois as lojas não abrem na Sexta da Paixão. Geralmente, quem deixa para domingo acha muito ovo quebrado”, diz.
Segundo ele, a expectativa é de vender 1,6 milhões de ovos em Brasília, 200 mil a mais do que no ano passado. “O dólar estabilizado e a economia em retomada ajudam bastante. Este anos vamos ter 3,5% no crescimento de vendas, contra 2% de 2017”, projeta Castro. Assim, somando com os resultados esperados para produtos relacionados à data, como pescados e azeite, a entidade prevê a injeção de R$ 100 milhões na economia local.
O Instituto de Defesa do Consumidor local (Procon-DF) alerta: o peso líquido dos ovos de Páscoa deve se referir somente à gramatura do doce, sem incluir embalagem e brinquedos eventualmente incluídos nos produtos.
Melhor venda em 3 anos
Franqueada da Cacau Show, Maria Conceição acredita que será a melhor Páscoa dos últimos três anos. Segundo ela, desde o último sábado o movimento na sua loja no Gilberto Salomão, no Lago Sul, quadriplicou e, em alguns dias, foi oito vezes maior do que o normal. Ela chegou a atender mais de 800 clientes em um único expediente.
“Ano passado foi de recuperação e agora a gente espera crescer. Deve haver de 8% a 10% de crescimento no faturamento dessa época”, projeta, esperançosa, Maria da Conceição, , que gosta de ser chamada de Ceiça. Na visão dela, além dos elementos conjunturais que permitem aos consumidores investirem mais na data festiva, seu estabelecimento tem o argumento de venda de que o preço da gramatura dos ovos é equivalente ao das barras – essa foi uma reclamação constante nas redes sociais em 2017.
Ela explica que a maior parte dos clientes é composta por mulheres em busca de presentes para a família e colegas de trabalho, e este ano elas estão mais generosas. Assim, o ticket médio para suas duas lojas da franquia já aumentou para R$ 90 durante esta Páscoa.
Para a indústria do cacau, esta é a data mais importante do ano, superando até mesmo o Natal e Dia dos Namorados, que costumam movimentar mais os outros segmentos do varejo. Para a sorte do comércio, a bolsa do coelhinho está mais espaçosa e variada em 2018.
O Procon lembra que a numeração dos ovos pode variar entre uma marca e outra, por isso é importante atenção do consumidor na hora da compra. “A embalagem deve estar lacrada e intacta, e deve conter informações claras e precisas sobre composição, quantidade e prazo de validade”, finalizou o órgão, por meio de nota.
Bacalhau barateou
O consumidor que não abre mão do bacalhau no almoço de Páscoa tem uma boa notícia: o preço do peixe caiu 9,67% em relação ao ano passado ,diz pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.
No ano passado, o bacalhau havia subido 5,73% e, em 2016, a alta havia sido de 30,73%.
É preciso ficar atento, no entanto, pois itens que fazem parte da bacalhoada subiram, como tomate e cebola. Em geral, a cesta de Páscoa ficou 2,61% mais cara, diz a FGV.
Saiba mais
Na manhã de ontem, o Procon-DF divulgou o resultado da operação especial para o período e revelou que, entre 19 e 23 de fevereiro, fiscais vistoriaram 44 lojas de pequeno porte. Delas, 40 foram autuadas por irregularidades. Entre 19 a 27 de março, o órgão retornou aos estabelecimentos para verificar a correção das irregularidades e constatou que 26 se adequaram à legislação de consumo, mas 14 foram notificadas de novo. “Os principais problemas encontrados foram falta de informações sobre o preço, tanto produtos sem preço como falta de preço dos ovos de Páscoa expostos em vitrines”, disse o Procon, por meio de nota.
As grandes redes de supermercados também foram alvos dos fiscais. Vinte e nove empresas foram fiscalizadas, sendo lavrados 21 autos de infração.

FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA
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