Registros de estupros continuam em alta no Distrito Federal


Os registros de estupro se mantêm em alta na capital do país. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social, nesta quarta-feira (4/10), apontam um aumento nas ocorrências em setembro deste ano comparado ao mesmo mês de 2016: 77 registros contra 71. Chama atenção a quantidade desse crime praticado contra vulneráveis: 45.
Segundo as estatísticas, em 93% dos casos de estupro de vulneráveis havia vínculo entre a vítima e o autor e 81% dos registros foram em ambientes fechados. “Temos um grande desafio no enfrentamento a essa violência sexual. A desconstrução da cultura patriarcal não se faz rapidamente”, afirmou Miriam Pondaag, coordenadora de Políticas para Mulheres da Secretaria de Desenvolvimento Social.
Os números são de ocorrências registradas em setembro, mas podem ser de crimes ocorridos em outros meses. Levando em consideração apenas os estupros realizados no mês, foram 52 casos, contra 51 no mesmo período do ano passado.
De acordo com Pondaag, a Coordenadoria de Ações para as Mulheres vai intensificar o combate à cultura do estupro. A Ceilândia é uma das regiões alvo dos projetos da coordenadoria.
Entre os casos de estupro que mais chocaram o brasiliense em setembro está o de Ana Íris Mendes, 12 anos. A menina ficou desaparecida por 16 dias até o corpo dela ser encontrado no último dia 26/9, no Morro do Sabão, em Samambaia. O primo de Ana Íris, um adolescente de 17 anos, confessou ter violentado a criança, a estrangulado e, depois, ter escondido o corpo em um matagal.
Homicídios e latrocínios
Os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) aumentaram de dois para três, sendo que dois deles foram solucionados pela Polícia Civil do DF. O número de homicídios sofreu queda de 36,2%, passando de 58 registros em setembro de 2016 para 37, este ano.
Crimes contra o patrimônio também tiveram queda. Os números absolutos apresentaram diminuição de 10,7%, de 5.145 para 4.592 ocorrências. Pela primeira vez no ano, os roubos em transporte coletivo tiveram redução (5%), caindo de 278 para 264.
“O combate ao medo é um dos eixos do programa Viva Brasília. Com as forças de segurança, faremos um ataque à desordem urbana e vamos reduzir ainda mais as estatísticas e, principalmente, a sensação de insegurança da população”, destacou o secretário de Segurança, Edval Novaes.
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