No Hospital de Samambaia, pacientes enfrentam filas longas e espera para a consultas


Pacientes que dependem do atendimento do Hospital Regional de Samambaia esperam uma enorme fila para atendimento.

Vários fatores influenciam o tamanho da fila para cirurgias na rede pública de saúde do DF. A escassez de materiais médico-hospitalares e de leitos para internação são alguns deles, mas o problema é acentuado pelo baixo número de anestesiologistas. Mais de 40% das unidades funcionam com a metade dos profissionais necessários, o que significa um deficit de quase 3 mil horas de trabalho nos hospitais da capital federal.

Para que todos os centros cirúrgicos do DF funcionassem com a capacidade total, a pasta teria de contratar 149 profissionais para 20 horas semanais ou 74 para 40 horas semanais. Atualmente, 281 atuam em 12 hospitais. Desse total, 126 têm contrato de 40 horas, e 155, de 20 horas. Com esse efetivo, é possível cobrir 8.140 horas de atendimento, número aquém das 11.130 horas que o Executivo local calcula necessárias para atender a demanda.

A situação é tão crítica que os hospitais regionais de Santa Maria (HRSM), Brazlândia (HRB), Samambaia (HRSam) e de Planaltina (HRP), além do Hospital Materno Infantil de Brasília (HmiB), operam com menos da metade da capacidade instalada. Já os hospitais regionais de Ceilândia (HRC), Paranoá (HRPa) e Sobradinho (HRS) e o Hospital de Base (HBDF), com 70% do rendimento máximo.

No último concurso, somente 48% dos aprovados se apresentaram. Em 2015, 16 profissionais assumiram a vaga e, em 2016, 29 tomaram posse, todos com carga horária de 20 horas. Ao todo, 93 foram aprovados. “Estamos trabalhando para recompor o quadro de profissionais e todas as possibilidades estão sendo estudadas para que ocorram as contratações necessárias”, explica a Secretaria de Saúde, em nota.

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