O Sindicatos dos Rodoviários do Distrito Federal e as empresas de transporte público que atuam na capital fazem uma última tentativa de acordo quanto ao reajuste salarial reivindicado pela categoria nesta sexta-feira (15/9). A partir das 17h, as duas partes se reúnem na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) para participar de uma negociação mediada pela Corte.
Os trabalhadores querem reajuste salarial com ganho real sobre a inflação, além de aumento no valor de tíquete-alimentação, cesta básica, plano de saúde e plano odontológico. Já as empresas de ônibus alegam não ter condições de arcar com aumento superior ao percentual de reposição da inflação.
Durante o encontro, os rodoviários vão analisar uma proposta apresentada em audiência nesta quinta-feira (14). O documento, elaborado em conjunto com a desembargadora Maria Regina Machado Guimarães, do TRT-10, prevê o pagamento de um abono mensal a motoristas e cobradores, com vigência até a próxima convenção coletiva da categoria.
Segundo a desembargadora, a proposta traria um aumento real para os trabalhadores e não teria reflexos na folha das empresas, por conta do caráter indenizatório do abono. Assim, o dinheiro repassado aos rodoviários não atrairia a necessidade de contribuição ao INSS e nem pagamentos de 13º salário e férias, entre outros.
Após a reunião, representantes do sindicato se comprometeram a levar a proposta aos colegas e trazer uma resposta nesta sexta.
Paralisação
No início de julho, os rodoviários conseguiram 4% de aumento. Agora, pedem mais 2% para que o ganho seja real (acima da inflação). Pleiteiam ainda que não haja cortes nos planos de saúde e odontológico (além de aumento dos valores), assim como aumento na carga horária de trabalho.
No início de julho, os rodoviários conseguiram 4% de aumento. Agora, pedem mais 2% para que o ganho seja real (acima da inflação). Pleiteiam ainda que não haja cortes nos planos de saúde e odontológico (além de aumento dos valores), assim como aumento na carga horária de trabalho.
Para pressionar os patrões a fecharem um acordo, os trabalhadores fizeram uma paralisação surpresa no dia 28 de agosto. As cerca de 850 mil pessoas que utilizam o transporte público diariamente no DF ficaram sem ônibus por 24 horas.
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