Pesquisadores desenvolveram um novo método para acelerar a detecção de câncer, ainda em estágio inicial, por meio do exame de sangue. Entre os integrantes da equipe, composta por 37 médicos de três países, está o médico brasiliense Alessandro Leal, 38 anos. O artigo foi publicado na respeitada revista internacional “Science Translational Medicine”.
O oncologista Alessandro Leal, formado pela Universidade de Brasília (UnB), explicou que a busca pela detecção precoce de câncer é parte da tese de PhD que está desenvolvendo na Johns Hopkins University School of Medicine, em Baltimore (EUA) – onde vive atualmente.
O teste foi desenvolvido com o objetivo de identificar as pequenas partículas de DNA do tumor em meio a todas as partículas genéticas que já circulam na corrente sanguínea."
Processo
Leal conta que há exames de sangue que tentam rastrear o câncer, mas ainda é muito difícil identificar o tumor em estágios iniciais, pois a porcentagem de células cancerígenas na corrente sanguínea vai de 0,01% a 0,1%. “Em palavras simples, é como se eu pedisse para um revisor detectar erros tipográficos num livro com 3 bilhões de letras”, explica.
Leal conta que há exames de sangue que tentam rastrear o câncer, mas ainda é muito difícil identificar o tumor em estágios iniciais, pois a porcentagem de células cancerígenas na corrente sanguínea vai de 0,01% a 0,1%. “Em palavras simples, é como se eu pedisse para um revisor detectar erros tipográficos num livro com 3 bilhões de letras”, explica.
Com o processo realizado pela equipe coordenada pela Johns Hopkins, um dos centros de pesquisa mais importantes do mundo, a busca pelo tumor se acelera. “É como se déssemos o livro para ser revisado por oito revisores diferentes ao mesmo tempo, em vez de apenas um”, compara.
O teste foi realizado em 200 humanos e teve bons resultados. “Chamamos essa fase de ‘prova de princípio’, que serve para nos certificarmos de que estamos no caminho certo de desenvolvimento”, diz. O próximo passo será realizar o exame em larga escala.
A equipe da universidade norte-americana conseguiu parceria na Europa e deve realizar a etapa seguinte ainda em 2018. Se tudo acontecer conforme o esperado, os resultados serão disponibilizados em laboratórios clínicos de todo o mundo em até cinco anos.
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