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Lula encara Moro nesta quarta-feira (13/9) pela segunda vez

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai prestar nesta quarta-feira (13/9), em Curitiba (PR), o segundo depoimento ao juiz federal Sérgio Moro em situação diferente da que enfrentou em maio. À época, o petista esteve pela primeira vez frente a frente com o magistrado responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância. A amplitude da mobilização em apoio ao petista será menor.

Lula chegou à capital paranaense na noite desta terça (12). Segundo o ex-ministro Gilberto Carvalho, o ex-presidente chegou “bem” e está hospedado na casa de um amigo. Auxiliares do petista divergem sobre o motivo pelo qual Lula descartou a viagem de avião. Alguns afirmam que a negativa ocorreu por causa do alto custo de aluguel de jato.
Já o ex-ministro Alexandre Padilha, vice-presidente do PT, disse que foi por uma questão de comodidade. “Foi opção dele para não ter que fixar horário. Outro dia Lula foi ao Rio (de Janeiro) de carro e gostou. Assim viaja mais discreto”, contou.
A exemplo do primeiro depoimento, o PT e movimentos alinhados a Lula marcaram um ato para a tarde desta quarta-feira, agora na Praça Generoso Marques, no centro de Curitiba. Porém, até mesmo aliados do petista estimam um número muito menor de participantes.
Além disso, a escassez de recursos do PT é evidente. O próprio Lula deve abrir mão de viajar de jatinho e deve ir de carro até Curitiba. O motivo alegado é a falta de dinheiro. Em 11 de maio, quando enfrentou Moro pela primeira vez, Lula foi à capital paranaense no avião do ex-ministro Walfrido Mares Guia.
Segundo Gilberto Carvalho, a convocação foi restringida aos estados da Região Sul por questão estratégica. A ordem agora, vinda de Lula, é dar prioridade à agenda política, cujo principal vetor são as caravanas que o petista está realizando pelo país, em detrimento da agenda jurídica.
Por isso, o PT e seus aliados decidiram priorizar o uso dos recursos disponíveis para grandes mobilizações na caravana de Lula por Minas Gerais, que deve começar no fim de outubro.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirmou que o efetivo do esquema de segurança para o segundo depoimento do petista será menor do que o de maio, quando foram mobilizados 3 mil agentes. Na ocasião, entidades de apoio ao ex-presidente calcularam em 30 mil os manifestantes. Para esta quarta, a pasta espera 5 mil apoiadores de Lula.
Terreno
O depoimento, desta vez, faz parte da ação penal em que Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro supostamente por ter recebido recursos da Odebrecht para a compra de um terreno destinado a abrigar a sede do Instituto Lula em São Paulo e de um apartamento vizinho ao do petista em São Bernardo do Campo (SP).
Quando esteve diante de Moro em Curitiba pela primeira vez, em maio, Lula prestou depoimento no caso do triplex do Guarujá (SP). Posteriormente, o petista foi condenado naquela ação a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Carvalho considerou que o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci pode ter influência na oitiva. O ex-homem forte do PT disse, também a Moro, que Lula fez um “pacto de sangue” com a empreiteira Odebrecht. “O Moro pode querer usar o depoimento do Palocci”, disse o ex-ministro.
FONTE:
METROPOLES
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