Táxi, Uber ou carro próprio? Novas alternativas permitem economizar com os transportes

Não existe fórmula pronta. Só a análise dos gastos permite que se escolha um transporte mais econômico. O educador financeiro Reinaldo Domingos explica: o meio de condução mais em conta para o consumidor é aquele que se ajusta melhor às necessidades dos compradores.


O usuário dos aplicativos de serviços de transporte, ou do carro próprio devem avaliar as despesas, comodidade, segurança e outros aspectos. Só um fato é certo: o surgimento de alternativas, como o Uber, o Cabify e outras novidades, permitem ao usuário escolher qual o mais barato para o transporte individual, competindo com o táxi ou o carro próprio.
“Vai depender sempre de cada caso, até porque cada pessoa vai ter uma preferência”, lembra Reinaldo. Ele recomenda que os consumidores façam teste de um mês para descobrir o que funciona melhor para seu dia a dia. Ele aponta que o custo do carro hoje fica por volta de 30 mil, sem contar que ele gera custos mensais adicionais. “Um custo de R$ 600 sobre o valor dele, ou seja 2% em média com a manutenção, IPVA, seguro, lavagem e outras coisas”.
Assim, o gasto iria a R$ 7.200 por ano, e o especialista questiona se seria o mesmo desgaste financeiro se o consumidor estivesse usando o Uber, Cabify ou táxi. “Por isso o comprador do carro ou o usuário dos serviços por aplicativo deve fazer um comparativo”, completa. Ele lembra ainda de outros aspectos a serem levados em conta, principalmente para quem mora na capital. “O estacionamento custa uma fortuna, portanto, às vezes, não ir de carro é uma opção”.
“Fazer uso de aplicativos que oferecem serviço de transporte tem o lado bom da comodidade, principalmente por não se preocupar com estacionamento, mas, dependendo do horário, o preço talvez não ajude”, cita. Sem falar, claro no transporte público e meios como a carona coletiva.
A unanimidade entre os especialistas é de que a escolha do transporte mais vantajoso depende do perfil do cidadão. Ronalde Lins, economista, destaca que existe o fenômeno da “uberização” que é vantajoso para o consumidor. “O Uber, em relação ao táxi, é 60% mais barato”, comenta.
Ele acredita que os serviços de aplicativo sejam a solução para quem tem menos recursos,uso do serviço oferecido. Ronalde compara os gastos de um carro próprio e do uso de aplicativos, em relação a corridas mais longas. “Quando você viajar, por exemplo, o carro gasta em média 2.5 litros por quilômetro rodado, e a gasolina custando R$ 3,50, você consegue rodar 8 quilômetros”, cita.
Uma viagem com a utilização dos aplicativos é diferente. “2.5 por quilômetro rodado vai dar 10 litros de gasolina, custando R$ 35”.
Cálculo se faz a longo prazo
O economista Newton Marques acredita que a proposta dos aplicativos de serviços de condução como Uber e Cabify, tem sido uma proposta interessante para o consumidor. Para ele, colocando no papel o que se deve gastar em relação a manutenção de carro, seguro e outros custos, se percebe que os aplicativos como Uber e Cabify são mais vantajosos a longo prazo. “Durante o ano, o custo desses serviços sai melhor do que a utilização do carro próprio”, afirma.
A jornalista Erika Menezes, 42 anos, tinha dois carros que eram utilizados pela família, mas recentemente vendeu um deles e usa os aplicativos, como Uber, para se locomover. “A crise ajudou também, mas eu estava desempregada e o carro, na garagem. Observamos o tanto de gasto que estávamos tendo”, conta. “A gente viu a oportunidade de não ter gastos como IPVA e gasolina”.
Ela é usuária do Uber principalmente quando está saindo para algum compromisso que envolve os dois filhos. “Tenho um de cinco anos e uma filha de dois, e toda vez que preciso fazer algo com eles é melhor pegar o Uber”, afirma.
Para ela a comodidade é o maior diferencial. “É praticamente um motorista nosso, nem preciso me locomover muito. E por exemplo, quando preciso pegar meu filho, ele me espera”, comenta. “E me ajuda a ganhar tempo quando tenho compromisso importante”, argumenta.
Fazendo uso desses aplicativos de serviço de transporte tanto para locomoção pessoal, como para a empresa em que é sócio, o advogado Rafael Braúna, 34 anos, está sem carro há seis meses. “Era muito trabalhoso, tanto em buscar vagas quanto no financeiro”, explica.
Ele e Roberto Liporace, 28 anos, são sócios donos da advocacia Minaré Braúna, que fechou um contrato com o Cabify, com os serviços corporativos. “Eles têm a proposta de atender as empresas, substituindo o carro particular”. Mas ele cita que fica melhor para a empresa estar usando essa medida.

FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA

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