O Ministério da Saúde decide ampliar a faixa etária para a imunização
contra o vírus HPV (Humam Papiloma Vírus) em meninos de todo o país. A rede
pública de saúde do Distrito Federal tem estoques suficientes de vacina contra
o vírus, uma doença sexualmente transmissível que pode causar câncer.
Desde que a campanha começou, em janeiro deste ano, apenas meninos
de 12 a 13 anos podiam tomar a vacina, agora será ofertada para garotos com
idade entre 11 e 15 anos incompletos.
Pessoas transplantadas e pacientes oncológicos, em uso de
quimioterapia e radioterapia, também terão o direito à vacina. Além desses,
cerca de 200 mil crianças e jovens com Aids foram incluídos na imunização.
De acordo com a gerente de Vigilância Epidemiológica e Imunização
da Secretaria de Saúde, Olga Rodrigues, não há data para terminar a campanha. “Pretendemos
imunizar o máximo de meninos possível. Temos disponíveis 14 mil doses. Se
precisarmos podemos solicitar mais ao ministério”, conta.
A expectativa é que aumente cada vez mais as aplicações, de acordo
com Olga Rodrigues. “A vacina é segura,
não há nada associado a eventos adversos graves”, enfatiza.
Pra quem vive com HIV, a faixa etária é de 9 a 26 anos e deve
tomar o esquema de três doses, com intervalo de dois e seis meses. Já os
meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina com o intervalo de seis
meses entre elas.
A vacina contra o HPV protege os meninos contra o câncer de pênis,
garganta e ânus. E nas meninas protege contra quatro subtipos de vírus do HPV
(6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia, também o câncer de colo do útero, da
vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções
causadas pelo vírus.
A dose é quadrivalente e está disponibilizada no Sistema Único de
Saúde (SUS). O objetivo da campanha é proteger esses jovens antes do inicio da
vida sexual, pois a doença é transmitida em contato direto com a pele ou mucosa
infectada por meio de relação sexual.
Eduarda Fernandes


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