
Uma das principais mudanças no esquema foi o reforço do efetivo. A linha de abordagem aos manifestantes, onde acontecerão as revistas, contará com oito grades de acesso e três linhas de policias para realizar as revistas. As vistorias serão realizadas no início da Esplanada dos Ministérios, próximo à Catedral.
Além dessa novidade, a PM destaca também a presença dos policiais e o cercamento próximos aos ministérios, para evitar que depredações aconteçam. No entanto, a corporação ainda aguarda uma decisão do Ministério da Justiça para saber se eles terão a ajuda da Força Nacional na segurança dos órgãos.
Para esse dia de greve, o coronel Paulo Henrique Tenório, do Comando de Policiamento Regional Metropolitano, informou que alguns policiais passaram por um treinamento específico para neutralizar os baderneiros. “Não podemos permitir o que aconteceu na última manifestação. Crimes e crimes e nenhuma pena foi individualizada”, afirmou.
Assim como em outros protestos, policiais ficarão na Alameda dos Estados para impedir a descida de manifestantes para a frente do Congresso Nacional. No mesmo local, barricadas serão colocadas para impedir o confronto entre policiais e manifestantes.
As vias S1 e N1, de acordo com a Polícia Militar, ficarão fechadas a partir dos primeiros minutos do dia de amanhã. A Secretaria de Segurança Pública ainda não confirmou essa informação.
Por conta das paralisações, o Departamento de Estradas e Rodagem e o Departamento de Trânsito do DF informaram, em nota, que as faixas exclusivas da EPTG, EPNB, W3 Sul e Norte e do Setor Policial Sul estarão livres para circulação, de 0h até as 23h59 de amanhã, a fim de garantir fluidez e segurança para os usuários das vias.
Participação com amparo judicial
Centrais sindicais convocaram os trabalhadores para aderirem à greve geral. Rodoviários, metroviários, professores e profissionais da Saúde já confirmaram e prometem cruzar os braços nas 24 horas de greve geral.
Representando o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (Sindsaúde), Marli Rodrigues informou que acredita ser necessário engrossar o coro contra as reformas e participar das manifestações. O governo se prepara e ameaça corte de ponto.
A decisão dos trabalhadores de ônibus e metrô desagradou as empresas. Três ações para tentar barrar as adesões foram instauradas no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. No entanto, o presidente Pedro Luís Vicentin Foltran, indeferiu todas.
“Não se pode perder de vista a peculiaridade do cenário histórico atual, em que profundas alterações na legislação trabalhista e previdenciária, capazes de afetar drasticamente as relações de emprego em curso e vindouras, estão sendo propostas pelos Poderes Executivo e Legislativo”, justificou nas ações.
Então, para o desembargador, a greve geral de amanhã é legal. “Esclareço que não há dúvida de que o direito de livre manifestação deve ser exercido com a observância aos limites legais, como por exemplo, o respeito ao patrimônio público e privado. Assim, eventuais ilícitos praticados por empregados ou empregadores no curso do movimento paredista serão apurados por meio dos remédios processuais próprios”, ponderou Foltran.
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