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A
prática sexual, na velhice, ainda é vista com preconceito pela sociedade.
Muitas vezes, até mesmo por eles, isso dificulta a procura de informação e
alternativas, para uma relação confortável e prazerosa.
Mas,
no Brasil, cerca de 25 milhões de pessoas, na terceira idade, estão cada vez
mais namoradoras e ativas na vida. José Maria, um especialista em geriatria,
diz que os avanços tecnológicos estão ajudando mais os idosos a curarem doenças
e a viverem com maior qualidade de vida.
“O
importante é prevenir doenças para poder ter uma vida saudável e prazerosa. Também
é preciso quebrar o preconceito e estimular mais o sexo entre eles. E a
sexualidade não é só o ato em si, mas o carinho, companheirismo e
principalmente o amor”, enfatiza o especialista.
As
pessoas da melhor idade estão cada vez mais saindo de uma fase remota da vida,
e procurando atividades e encontros sociais para participarem e poderem
paquerar mais. Os idosos se interessam por danças, esportes, tecnologias e
programas culturais, tendo assim uma maior qualidade de vida e uma maior
probabilidade de encontrar alguém para namorar.
O
professor de dança de salão Paulo Almeida, conta que, há 15 anos, dá aulas só
para idosos. E diz que é gratificante: “É muito bom ver
eles felizes, dançando, e observo também que eles aproveitam a música para
paquerarem e curtirem”.
O
doutor José Maria acrescenta que a sexualidade estimula a memória; ajuda a
acabar com a depressão, algo que é muito presente na terceira idade, nos dias
de hoje; e, também, que é preciso anular
a rotina, substituindo-a por passeios e atividades.
“Os jovens fazem, por que nós também não podemos fazer?”, indaga a
aposentada Maria dos Remédios, mãe de três filhas e casada, há 50 anos, com
Francisco Sousa, que diz que gosta bastante de se relacionar com a esposa. “Por
mim eu fazia todos os dias, toda hora e só vou parar de fazer quando eu
morrer”, finaliza Francisco, com sorrisos.
E,
quando o assunto é saúde, os especialistas dizem que é preciso se prevenir, e
que os idosos não devem se
esquecer do preservativo, para não contraírem doenças sexualmente
transmissíveis. Na questão de tomar remédios para disfunção erétil, é
necessário fazer uma avaliação antes, para se prevenir contra possíveis problemas
cardiovasculares.
Saúde
e bem estar devem ficar em primeiro lugar; consciência e tranquilidade também
não podem ser esquecidas. E para quem tem problemas com o apetite sexual, é só procurar alternativas
como: lubrificantes; reposição hormonal; e terapia tântrica, uma massagem
estimuladora.
“Nunca
pensei que poderia sentir tanto prazer na minha vida com a massagem tântrica;
descobri em meu corpo a chave do prazer”, relata C.H, psicóloga de 55 anos.
Sex shop
“Eles
procuram lubrificantes; vibradores com capa e cinta; e estimulantes para chegar
ao orgasmo”, diz a vendedora Michelly Silva.
Muitas
vendedoras de sex shop observaram
que as pessoas com mais idade procuram mais o prazer próprio; enquanto os
jovens procuram dar mais prazer aos outros. Portanto, o que eles querem mesmo é ter uma realização
satisfatória pessoal e procuram produtos para chegar ao orgasmo.
“Quando
passam vídeos, eu assisto, mas não gosto muito, porque fico bastante excitada”,
enfatiza a dona Raimunda de 70 anos, uma senhora que gosta de sair para se
divertir e conhecer boas companhias em baladas. “Eu estou velha, mas não
morta”, enfatiza a senhora.
O
geriatra José Maria diz que os idosos não devem se envergonhar do parceiro e
sim procurar alternativas que estimulam o prazer. “Sexo é bom para a saúde
física, maravilhoso para saúde mental, para vaidade e tudo, desde que seja
feito com amor e responsabilidade, o que vale no final é o companheirismo”,
ressalta o especialista.
Eduarda Fernandes
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