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Página no Facebook defende a separação de Brasília do resto do Brasil


A tal Brasília independente, segundo os organizadores, seria uma "democracia atualizada para o século 21". Eles defendem que o próprio povo decida a forma de governo – presidencialismo, semi-presidencialismo, parlamentarismo - e orientação política (esquerda, direita, centro). A ideia é que a população decida os rumos em plebiscitos. 

Ao menos por enquanto, brasilienses têm levado a ideia na brincadeira. Na caixa de comentários, a maioria faz piadas com os argumentos dos separatistas candangos, que incluem, por exemplo a segregação musical. 

Impedimentos

Não há, entretanto, planejamento sobre os impedimentos legais do projeto. A Constituição de 1988 prega que a "República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal". A cláusula é pétrea, ou seja, não pode ser alterada com emenda constitucional. Todavia, esses obstáculos não estão no foco do "Movimento Brasília independente". "A transformação social precede a transformação legal, então não pensamos na questão legalista da possibilidade jurídica e sim queremos mostrar a ideia", diz um dos organizadores.

Os obstáculos econômicos para o projeto também são alvo de controvérsia. Enquanto eles defendem uma viabilidade baseada na maior renda per capita do país, para especialista, a proposta é, no mínimo, surreal. José Matias-Pereira, professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB) ressalta que o cenário de riqueza no Distrito Federal só é possível porque o centro do poder está na capital. "Brasília só tem a melhor qualidade de vida porque é a capital da República”, destaca. 

O acadêmico afirma que o assunto não deve ser levado a sério. "Essas pessoas prestam um enorme desserviço ao país quando propõem esse tipo de coisa. Precisamos enfrentar as questões reais do país", pontua. Para ele, o movimento nada tem a ver com os separatistas da região Sul. "Eles ao menos têm raízes históricas para justificar."
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