
O debate é o primeiro de uma série que a CLDF vai promover até a próxima quinta-feira (12), data em que está prevista a votação de um Projeto de Decreto Legislativo que pode cancelar o aumento. A ideia é que, até lá, seja formatado um novo projeto de consenso, uma espécie de meio-termo entre o modelo atual e o reajuste proposto pelo GDF. O ponto de equilíbrio também passa pela revisão das gratuidades aplicadas a certos grupos de passageiros atualmente.
Durante o encontro, o deputado Professor Israel (PV) expôs algumas das medidas que acredita que podem funcionar como alternativas ao aumento. “A gratuidade no transporte público é uma previsão internacional. Hoje, a cada R$ 12 investidos em transporte, o governo aplica R$ 1 em transporte público e R$ 11 para melhorias do uso do transporte individual. Uma das minhas propostas é investir nas duas áreas de forma igual”, disse.
Já o deputado Wasny de Roure (PT), que presidiu os trabalhos nesta quinta (5), criticou a forma como o GDF impôs o aumento. “O governo perdeu a chance de uma aproximação política com movimentos organizados na área da mobilidade urbana e suprimiu a opinião do Conselho de Transporte do DF. A cidade nunca foi convocada a opinar”, ressaltou.
Para o presidente da Câmara Legislativa, deputado Joe Valle (PDT), o encontro cumpriu um papel importante pela diversidade de setores que reuniu. Participaram das discussões, por exemplo, as cooperativas de transporte; a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL); sociedade civil organizada; integrantes do Movimento Passe Livre, entre outros. “A Câmara é o lugar para o diálogo, para o debate. Aprofundamos, por exemplo, na questão da Zona Sul. Vamos discutir a gratuidade, não em reduzir para um ou outro, mas em ser fiscalizada, revisada”, completou Valle.
O deputado Cláudio Abrantes (Rede), também integrante do Grupo de Trabalho, ressaltou o papel da Casa como mediadora do debate . “Temos que ver o lado do caixa do governo, sem deixar de ver o lado social. A possibilidade de suspensão do aumento das tarifas é real. Temos uma convocação para o dia 12, mas, neste momento, queremos municiar o debate para encontrar um bom termo para todos”, disse.
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