Os dados são assustadores. Milhares de brasileiros perdem a vida todos os anos nas vias e rodovias de todo o país. No primeiro semestre de 2024, somente nas rodovias federais, 2.908 pessoas morreram em 35.166 sinistros, que deixaram mais de 40 mil feridos, de acordo com os dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Por outro lado, o Brasil registrou 135 ocorrências de acidentes aéreos que mataram 110 passageiros, já considerando a recente tragédia aérea envolvendo o voo 2283, da Voepass, que caiu em Vinhedos (SP), matando 62 pessoas, no último dia 09 de agosto. Os dados são da Rede de Segurança da Aviação (ASN), da Flight Safety Foundation, organização internacional dedicada à segurança da aviação.
Para a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do Rio Grande do Sul (Abramet/RS), seja no transporte aéreo ou no transporte terrestre, nenhuma morte é aceitável, seja envolvendo acidentes (aéreos) ou sinistros (no trânsito). No entanto, o que se percebe é que as mortes no trânsito se tornaram quase que habituais no inconsciente coletivo, banalizadas por acontecerem diariamente, como mostram as estatísticas.Dados preliminares do Ministério da Saúde divulgados no mês passado apontam que, em 2023, 33.743 pessoas morreram em decorrência do trânsito no Brasil. Número parecido com o registrado em 2022, que mostra 33.894 mortes. A notícia não é nada animadora, já que 92 pessoas morrem todos os dias devido à violência no trânsito. É como se um avião despencasse a cada 24 horas com dezenas de passageiros.
Tragédias com voos comerciais podem aumentar o medo das pessoas de andar de avião, no entanto, de acordo com estudo do MIT (Massachusetts Institute of Technology), o risco de morte em acidentes aéreos entre 2018 e 2022 foi de 1 em 13,7 milhões. No Brasil, segundo a publicação, o risco é ainda menor chegando a 1 chance em 80 milhões.
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