Um avião da Voepass caiu, no início da tarde desta sexta-feira (9), na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. O voo iria de Cascavel (PR) até Guarulhos (SP).
De acordo com a Prefeitura de Valinhos, que participa da operação de resgate do acidente em Vinhedo, cidade vizinha, ninguém sobreviveu à queda do voo 2283.
A aeronave tinha 61 pessoas a bordo, sendo 57 passageiros e quatro tripulantes.
De acordo com o piloto de Boeing 777, Rafael Santos, esse movimento de rodopiar é chamado de “flat spin”.
“Isso normalmente acontece quando você tem algum tipo de perda de superfície. Tecnicamente falando foi uma perda de controle em voo. Normalmente há uma perda de parte, perdeu uma parte da asa… ou ocorreu gelo muito severo que modificou a sustentação, isso pode causar esse tipo de acidente também”, afirmou à CNN.
Ele afirma ainda que normalmente o avião tende a “sair desse tipo de acidente sozinho” e relembrou o caso de um avião da Air France, que caiu em 1 de junho de 2009 no meio do caminho entre Rio de Janeiro e Paris.
“Foi a mesma situação… O avião ficou girando no próprio eixo até cair no oceano. Hoje, depois desse acidente mudamos a forma de recuperar esse tipo de problema. Nesse caso nós precisamos recuperar a energia do avião, colocando o ‘nariz’ para baixo e modificar o momento de energia. Ou seja, criar energia novamente. Os pilotos nitidamente não conseguiram fazer isso, ele saiu girando no próprio eixo até cair no chão”.
Agora, segundo Santos, será necessário aguardar as informações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
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