O Distrito Federal foi condenado a indenizar a mãe de criação de Gustavo Henrique Soares Gomes (foto em destaque), 17 anos, que foi alvejado e morto por um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em 2022. Cabe recurso da decisão.
A 2ª Vara da Fazenda Pública do DF condenou o DF a pagar R$ 100 mil a Suely dos Santos Oliveira por danos morais.
Suely afirma que entrou em depressão após o caso, que lhe gerou forte sofrimento, motivo pelo qual buscou a reparação dos danos sofridos.
O magistrado também explicou que o dano aconteceu devido um tiro disparado por um policial em serviço. “Estão presentes os requisitos da responsabilidade objetiva do Estado, motivo pelo qual o ente público deve responder pelos danos causados à autora”, finalizou o juiz.
O caso
Gustavo estava na garupa de uma moto conduzida pelo amigo dele, Gustavo Matheus Santana da Silva, 18. Na ocasião da morte do jovem, a PMDF informou que duas motos furaram um bloqueio policial montado na quadra 609 de Samambaia.
A vítima estava no segundo veículo, que foi alvo de tiros dos PMs. Segundo a corporação, o garupa da moto estava com um simulacro de arma de fogo.
Os policiais chamaram o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) para prestar o socorro. Eles levaram o adolescente para a UPA de Samambaia, mas o jovem não resistiu.
“Ele recebeu um tiro no peito, estando na garupa, sem oferecer risco aos policiais armados. A polícia disse que Gustavo tinha um simulacro e ameaçou sacar, na tentativa de colocar mais um jovem negro como bandido, porém, as filmagens e testemunhas evidenciam que não tinha arma”, alegaram na época em que ocorreu o crime.
Diligências da Polícia Civil do DF (PCDF) descartaram a tese de legítima defesa levantada pelo PM.
Por Metropoles
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