Famílias em Samambaia adoecem com poluição de rio



Febre, dor de cabeça, diarreia, e mal-estar. Famílias do Setor Cerâmica, na VC 311, em Samambaia, adoecem cada vez mais. Não dá pra cravar o que tem provocado os sintomas nos moradores, mas a comunidade suspeita da poluição no Rio Melchior, problema antigo na região.


Segundo moradores, a estação de tratamento da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), o Aterro Sanitário de Brasília e despejos clandestinos de esgoto seriam os provocadores da poluição que assola as águas.

Dona Ana Lúcia Rodrigues dos Santos, 66 anos, mora nos arredores do Melchior desde os 7. “O rio era limpo. Você via o fundinho da água e os peixinhos, a pirapitinga”, lembrou.

Segundo a moradora, as crianças se banhavam nas águas todos os dias, com tranquilidade. “Agora você não pode por os pés, tem que correr lavar e passar álcool”, contou. Segundo dona Ana, grande parte da comunidade está doente.

Além de dengue, há casos diarreia, gripe, infecção nos pulmões. “A maioria das crianças sofre com diarreia. Aí povo fala: é verme. Não é não, meu filho. É a água”, alertou. As margens do rio estão tomadas por lodo preto.

Lixo
A comunidade vive a aproximadamente 800 metros dos pontos de despejo da estação da Caesb e do Aterro Sanitário. “Quem contaminou a água? É o lixo”, critica.

O filho de dona Ana, o produtor rural Alfredo dos Santos Paris Neto, 46, levanta a mesma suspeita. Nascido e criado na região, ele nutre a lembrança de quando as águas da região eram limpas.

O produtor rural não tem coragem de beber ou nadar nas águas do Melchior. De acordo com Alfredo, a comunidade sofre sem qualquer amparo das autoridades e de Governo do Distrito Federal (GDF).

Os moradores receberam a informação dos estudos para a construção de uma termoelétrica. E temem que as instalações poluam ainda mais o rio. Segundo a comunidade, outros cursos d’água região estariam sendo poluídos.

A região não tem água encanada e esgoto da Caesb. As famílias dependem de poços artesianos e ficam expostas à possível poluição no lençol freático.

O GDF, Caesb, Adasa e outros órgãos responderam à reportagem. Veja em matéria completa em WWW.EMSAMAMBAIA.COM.BR

Crédito matéria: Francisco Dutra, Metropoles DF
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