Justiça manda soltar jovem preso por engano em Samambaia após falha da PMDF



 

Documento da Polícia Civil mostra que jovem de 20 anos preso há mais de uma semana não participou de crime e foi vítima de “ânsia” da PM


Um jovem de 20 anos está preso injustamente há mais de uma semana após a Polícia Militar ter condicionado a uma vítima de roubo a identificá-lo como autor do crime. É isso que aponta um inquérito da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), que serviu como base para a Justiça expedir um alvará de soltura na tarde desta segunda-feira (6/3). A Polícia Civil concluiu que ele não participou do crime e que a PM atuou com “ânsia na resolução da questão”.

O caso ocorreu em 22 de janeiro, em Samambaia. Três suspeitos assaltaram duas vítimas por volta das 17h, levando dois celulares, uma bolsa e os pertences de dentro. A Polícia Militar foi acionada e entrou em duas casas diferentes, onde estariam dois suspeitos. Em uma delas, encontrou Aderson David de Souza, 20.


Após  ser liberto, Aderson de 20 anos falou com a Imprensa, no vídeo gravado aparece também o seu Advogado Wallisson Pereira que ajudou a família do jovem a juntar as provas que inocentava Aderson. 



Os militares enviaram uma foto dele para a vítima, dona da bolsa, e ela o reconheceu como sendo o suspeito que estava de jaqueta preta e teria puxado a mochila. Porém, quando a ocorrência passou a ser investigada pela Polícia Civil, os agentes perceberam uma série de equívocos.

Depoimentos

Três testemunhas distintas deram depoimentos que inocentavam Aderson. Uma vizinha o viu chegar do trabalho e também observou os três autores do roubo saindo da rua. Um homem que viu todo o crime e imagens de câmeras de segurança afirmou que Aderson não estava presente. Por último, a familiar do jovem deu mais consistência à inocência.

Ela é prima de Aderson e irmã de um menor de idade que, de fato, participou do fato. Essa testemunha contou que viu o irmão, de jaqueta preta, pular muros de duas casas e entrar na residência de Aderson. A mulher também destacou que o primo, preso injustamente, não estava de casaco preto, tinha uma chave pendurada no pescoço – diferente dos suspeitos – e não tem barba ou bigode, como todos do trio.
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