Segundo levantamento realizado pela empresa de contabilidade do complexo habitacional, de outubro do ano passado até janeiro deste ano, Danillo de Oliveira Gomes retirou, em diversas transferências, cerca de R$ 150 mil das reservas e deixou quase R$ 105 mil em dívidas para empresas prestadoras de serviço do espaço.
“A contabilidade do condomínio entrou em contato com os conselheiros, e informou que haviam movimentações atípicas na conta. Com isso os conselheiros me procuraram e iniciamos o levantamento das informações”, explica o atual síndico e antigo subsíndico, Anderson Vasconcelos, que assumiu o posto em 1º de fevereiro.
Segundo moradores, em assembleia realizada na data da renúncia de Danilo, o antigo síndico justificou-se dizendo que seu aparelho celular havia sido furtado por uma pessoa próxima a ele, e que essa pessoa entrou na conta do condomínio e fez quatro Pix para uma outra conta, no valor total de R$ 59.298.
Ainda de acordo com os relatos, ele disse ter ficado desesperado e buscado meios de cobrir o valor retirado da conta do condomínio. Dessa forma, passou a fazer retiradas periódicas do dinheiro ainda em caixa para contas pessoais dele, afim de investir em criptomoedas e recuperar o dinheiro. Mas o criptoativo desvalorizou e ele ficou com R$ 164,48 na conta pessoal.
“Não só eu, como todos do conselho que estávamos fazendo o levantamento das movimentações, ficamos primeiramente perplexos, pois as transferências partiram da conta do condomínio diretamente para as contas do antigo síndico, e aconteciam de forma periódica, sempre que entrava dinheiro na conta, eram realizado as transferências. Ele [Danillo] assinou um termo de confissão de dívida e a carta de renúncia”, afirmou o atual síndico.
Segundo Anderson Machado, responsável jurídico do residencial, Gomes realizou transferências para casas de apostas, para contas pessoais e para a empresa dele, além de ter realizado saques em bancos 24 h.
A fim de encobrir o rombo financeiro, os moradores disseram que Danilo deu várias desculpas para os prestadores de serviço e chegou a se mudar do prédio onde morava. Ele assumiu a função de síndico desde a entrega do condomínio pela construtora, em 12 de dezembro de 2020, e mudou-se do espaço em 27 de janeiro desse ano.
O ex-síndico afirmou que “a situação já será resolvida no próximo mês”. “Existe muito mal entendido e fofoca no meio disso tudo. Muita gente que ainda vai ser envolvida”, disse.
O atual síndico diz não acreditar na palavra de seu antecessor. “Ele fez uma promessa que irá devolver o dinheiro, porém já havia proposto outros acordos que não foram aceitos pelo condomínio. Então nem levei essa promessa dele a diante, o dia que ele colocar o dinheiro na conta eu comunico os moradores, pessoal já sofreu muito com isso, não vou ficar criando expectativas neles”, afirmou Vasconcelos.
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