Para a polícia, empresário de Samambaia sequestrado foi morto e enterrado em mata



A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está convencida de que o empreiteiro Daniel Carvalho da Silva, 31 anos, sequestrado há quase dois meses, está morto. Três pessoas foram presas pelos investigadores da Divisão de Repressão a Sequestros da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DRS/Corpatri). São eles: Benevaldo Barbosa Novais, 39, o irmão dele, Édson Barbosa de Novais, e Wemerson Araújo da Fonseca.

Daniel foi sequestrado na noite de 26 de outubro, quando saía do Centro de Evangelização Renascidos em Pentecostes, em Ceilândia. O empreiteiro se encontraria com a ex-companheira ao final do culto religioso, mas não apareceu. Câmeras do circuito interno de segurança registraram o momento em que Daniel sai em uma Amarok branca e é seguido por um UP vermelho. No carro, estão pelo menos três homens, incluindo Benevaldo e Rinaldo Márcio de Oliveira (até então foragido da polícia 

Para sequestrar Daniel, os suspeitos simularam uma batida na caminhonete da vítima. As filmagens colhidas pelos investigadores mostraram o momento em que os criminosos abordam o empreiteiro e o colocam dentro do UP. O paradeiro do homem permanece incerto até hoje.

No decorrer das investigações, a polícia identificou os envolvidos e prendeu Benevaldo e Wemerson no começo de novembro. Bené, como é mais conhecido, é um professor infantil que trabalha com musicoterapia para crianças especiais. Aparentemente, uma pessoa longe de qualquer suspeita, mas que, para a polícia, foi o responsável por arquitetar e executar o sequestro. Inclusive, organizou a mudança dos móveis da casa de Daniel até uma residência no Novo Gama (GO). Em depoimento, o acusado mentiu e disse que estaria “ajudando” o empreiteiro a fugir por causa de dívidas com agiotas.

Vestígio


Rinaldo, que está foragido, também está envolvido no crime. Ele aparece em filmagens estacionando a Amarok de Daniel em frente a um mercado, no Novo Gama, após o sequestro. Na casa dele, os policiais encontraram vários móveis da vítima, incluindo bebedouro, panelas e cadeiras. A mulher de Rinaldo chegou a ser presa por receptação na época, pelo fato dos objetos terem sido localizados na residência dela, mas ela acabou liberada em audiência de custódia.

O convencimento de que Daniel estaria morto veio após peritos criminais constatarem a presença de manchas de sangue no assoalho e no banco traseiro do UP. O Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) e os peritos realizaram os exames e coletaram os vestígios necessários, concluindo-se que aquele sangue pertencia a Daniel.

O laudo pericial atestou, ainda, que as manchas não eram compatíveis com algum ferimento experimentado dentro do carro, o que sugere que o empreiteiro foi morto em outro local e transportado no veículo para um endereço ainda desconhecido. Para os investigadores, a vítima foi enterrada em alguma área de mata na região de Goiás.

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