Após quase 48 horas do anúncio do resultado das eleições pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou pela primeira vez na tarde desta terça-feira (1º). “Nosso sonho segue mais vido do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso”, disse em seu curto discurso.
Em rápida fala, Bolsonaro iniciou agradecendo os mais de 58 milhões de votos que ganhou no último domingo (30). Ainda assim, o presidente não reconheceu a derrota contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes de começar o discurso, Bolsonaro sussurrou sorrindo ao chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira: “Eles vão sentir saudades da gente, né?”.
Segundo o presidente, os bloqueios a rodovias que ocorrem pelo país são fruto de indignação com os resultados das eleições. “Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”, afirmou.
“As manifestações pacíficas são bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população com invasões de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, continuou.
Mesmo com a derrota presidencial, Bolsonaro considera que a “direita” ressurgiu no país. “Nossa robusta representação no Congresso [Nacional] mostra as forças dos nossos valores: Deus, Pátria, família e liberdade”, disse.
Em outro momento, ele ainda se defendeu das acusações sobre ser antidemocrático. “Ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em censurar ou controlar a mídia ou as redes sociais.”
Estiveram presentes ao lado de Bolsonaro o filho e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo César Alvim, Educação, Victor Godoy Veiga, Meio Ambiente, Joaquim Leite, Justiça, Anderson Torres, Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, Desenvolvimento Regional, Daniel Duarte Ferreira, Infraestrutura, Marcelo Sampaio Cunha Filho, Economia, Paulo Guedes, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes Cordeiro, Relações Exteriores, Carlos Alberto França, Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, e Casa Civil, Ciro Nogueira.
0 comentários:
Postar um comentário