O sem-teto agredido por um personal trainer em Planaltina, no
Distrito Federal, negou à Polícia Civil que estuprou a esposa do profissional. O homem, que tem 48 anos, foi espancado em 9 de março após
ser flagrado fazendo sexo com a mulher de Eduardo Alves, de 31 anos (veja mais abaixo).
O personal afirma que a mulher "sofreu violência sexual por um morador de rua"– apesar
de a esposa dele ter admitido, em áudios e para a polícia, que o sexo foi
consentido. Na versão do sem-teto, no entanto, ele conta que a mulher parou o
carro na rua e falou "vamos brincar".
Nesse momento, o homem diz que entrou no automóvel e,
enquanto estava nu, tendo relações sexuais com a mulher, Eduardo invadiu o
veículo e "uma briga começou". O sem-teto afirma que não conhecia a
esposa do personal e que não sabia que ela era casada.
No depoimento, o
sem-teto conta ainda a esposa "gostou dele". O caso é investigado
pela 16ª Delegacia de Polícia, de Planaltina.
Nesta quarta (16), o personal publicou um vídeo em que diz estar
preocupado com saúde da mulher. Eduardo pediu que as pessoas parem
de compartilhar "conteúdo ofensivo contra a honra da esposa" (assista
acima).
"Vejo
que os fatos têm sido transmitidos de maneira errônea, sendo que, no momento, a
preocupação deveria ser a saúde dela, até porque a mesma encontra-se
internada", diz o personal trainer.
Eduardo
pediu ainda que as pessoas tenham empatia com a situação delicada. Ele reforçou
que a vítima "sofreu violência sexual por um morador de rua".
Esposa diz que enxergou Deus no sem-teto
Em áudios
da esposa de Eduardo, que também circulam na internet, ela conta como manteve
relações sexuais consensuais com o sem-teto. A mulher diz que enxergou Deus, e
o próprio marido, no homem.
"Eu
não conseguia nem falar e nem abrir meus olhos. Meu coração estava acelerado,
mas eu não conseguia sentir ódio do homem que fez isso comigo porque eu só
enxergava Deus nele. Eu só enxergava Deus. Não sei explicar", diz a mulher
em uma mensagem de áudio.
A mulher
ainda contou que encontrou o sem-teto em frente a um quiosque, na Rodoviária de
Planaltina, e que ele fumava um cigarro.
"Tirei
o cigarro da mão dele e falei: você não vai fumar mais [...] porque você já
está curado. E aí eu já enxergava ele como o Eduardo [marido], sabe? Já não
estava enxergando ele como Deus. Aí eu tirei o cigarro da mão dele e joguei no
lixo. Ele falou: vamos conversar? E eu disse: vamos", diz a mulher, em
áudio.
A mulher
contou que, então eles foram para o carro onde passaram a manter relações
sexuais.
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