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Fortes chuvas matam ao menos 72 pessoas


 

Ao menos 72 pessoas, incluindo duas crianças, morreram devido ao forte temporal que atingiu na tarde desta terça (15) a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, causando inundações, enxurradas e deslizamentos.

Até a tarde desta quarta (16), a Defesa Civil Municipal contabilizou 292 ocorrências: 241 deslizamentos de terra e 51 desabamentos e quedas de muro e árvores. As equipes ainda trabalham nos resgates, pois há grande dificuldade de acesso em alguns locais.

No total, 372 pessoas estão sendo acolhidas em 33 escolas públicas do município. O governo do estado também informou que 21 pessoas foram salvas com vida e que um hospital de campanha com dez leitos foi montado para oferecer os primeiros atendimentos.

De acordo com as autoridades, choveu em apenas seis horas (260 mm) o equivalente aos últimos 30 dias (272 mm), e ainda deve chover mais. A previsão para a cidade é de pancadas moderadas isoladas durante a tarde e a noite, e de chuva forte na quinta (17) e na sexta (18).

No dia anterior ao temporal, a Defesa Civil do Rio de Janeiro recebeu um alerta da possibilidade de deslizamentos pontuais na região. Segundo Paulo Artaxo, professor titular do Instituto de Física da USP, o governo estadual deveria ter evacuado a cidade.

A prefeitura decretou estado de calamidade pública e luto oficial por três dias, estando ainda em alerta máximo. A Defesa Civil municipal orienta que a população fique atenta aos informes e que, em caso de emergência, ligue para o número 199.

As regiões do primeiro distrito foram as mais afetadas, sendo as ocorrências mais graves registradas nos locais Morro da Oficina, 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, rua Uruguai, rua Washington Luiz, Coronel Veiga, Vila Militar, Vila Felipe, avenida Portugal e rua Honorato Pereira.

“Há uma grande equipe concentrada no Morro da Oficina, onde acreditamos ter o maior número de vítimas ainda soterradas. Estamos com 400 militares mobilizados e atuando em 44 pontos atingidos pelo temporal”, disse no local o secretário de Estado de Defesa Civil, coronel Leandro Monteiro.

Ali, por exemplo, há imagens de crianças sendo retiradas sujas de lama de uma escola, parcialmente destruída. Vídeos que circulam nas redes sociais também mostram carros sendo arrastados pela correnteza e grandes deslizamentos.

Moradores relatam que, após o temporal, encontraram um cenário de guerra nas ruas de Petrópolis, com muita lama, casas destruídas ou alagadas, ferro retorcido e carros amontoados ou destruídos. Famílias passaram a procurar seus parentes e amigos nas ruas e hospitais, além de divulgarem fotos nas redes sociais.

Os corpos começaram a ser retirados durante a madrugada, depois que o nível da água baixou, mas ainda não há certeza sobre o número de desaparecidos. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros está recebendo quem busca informações sobre familiares, e o IML (Instituto Médico Legal) local trabalha para identificar as vítimas encontradas.

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