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Segunda onda da Covid-19 sobrecarrega hospitais do DF



O excesso de pacientes provocado pelo novo aumento de contaminações pelo novo coronavírus levou os profissionais de saúde no Hospital Regional de Planaltina ao desespero. Imagens fornecidas ao Jornal de Brasília mostram o estado de sobrecarga que leva não apenas ao desgaste dos enfermeiros, como à escassez de materiais que permitam um atendimento adequado.

Nas imagens obtidas pela reportagem, os pacientes são exibidos recebendo tratamento nos corredores do hospital acoplados a cilindros de oxigênio, pois não há espaço nos quartos e nas salas de internação onde possam ser alojados. Consultórios médicos também tiveram que ser convertidos em alojamentos. “A parte da enfermaria para isolamento de pacientes com covid-19 tem capacidade para seis pacientes. Atualmente são 13, a maioria dependente de oxigênio”, relata a fonte que não quis se identificar.

Para os pacientes dependentes de oxigênio, não é apenas o espaço que é escasso. “Cada box respiratório possui capacidade para quatro pacientes. Atualmente estamos com sete, cinco deles entubados”, alerta a fonte. A disponibilidade de leitos também já ultrapassou o nível crítico. “As macas do SAMU já viraram leitos de internação. Tiveram que baixar a ambulância por falta de maca”, comenta.

Não bastasse a falta de espaço e de leitos, os pacientes também não recebem material suficiente para receber o devido cuidado. “Não tem lençol para forrar as macas e leitos. Estão usando capotes que são comprados por meio do Programa de Descentralização Progressiva de Ações de Saúde (PDPAS)”, afirma a fonte. Nas filmagens fornecidas, também é possível ver um grande número de pacientes sem acesso a cobertores e muitos sequer possuem roupas disponíveis para usar durante a internação.

Profissionais exaustos e amendrotados

Além de comprometer o atendimento dos pacientes, a sobrecarga abala a moral dos profissionais de saúde do hospital. “Eles estão exaustos, cansados, com medo. Muitos estão afastados sequelados pelo covid-19”, relata a fonte.

Uma outra fonte revela que a situação não está tão diferente no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), principal hospital de referência para covid-19 no DF. “O Hran está lotado. Os atendimentos aumentaram muito e temos pacientes sentados nas cadeiras. Se piorarem, não teremos pontos de oxigênio e nem leito”. A fonte teme que, na atual taxa de evolução da doença, o DF possa enfrentar uma situação ainda pior do que a enfrentada nos primeiros meses da pandemia.

aralelamente ao pico de casos de covid-19, o DF hoje vive em um dos momentos de menor índice de respeito ao isolamento social. De acordo com o Mapa Brasileiro da Covid 19, apenas nos três primeiros dias de março o índice de isolamento social no DF caiu de um valor aproximado de 48% ao final de fevereiro para 35%.

Mesmo com esforços dos órgãos de saúde pública para deter a covid-19, não há como impedir a sobrecarga dos hospitais. “A adesão às medidas de distanciamento físico, higienização frequente das mãos, uso de máscaras e de evitar aglomerações é fundamental para o enfrentamento da pandemia”, alerta em carta aberta a Faculdade de Medicina da UnB.

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