A enfermeira Morgana Leão, que faz parte da linha de
frente de combate ao novo coronavírus no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife, foi diagnosticada com a
Covid-19, precisou ser internada na própria unidade e conseguiu se recuperar da
doença. Segundo ela, que já esteve na condição de enfermeira e paciente, é
triste ver que nem todo mundo entendeu a gravidade da Covid-19
"Nós, profissionais de
saúde, comentamos sempre como ficamos tristes em ver tanta gente na rua. As
pessoas ainda não entenderam a real situação. É uma doença muito séria e tem
muita gente precisando de atendimento", disse a enfermeira, que tem 48
anos.
De acordo com Morgana, os
primeiros sinais foram exaustão e fadiga associados a tosse, mesmo com tomando
os cuidados para não se contaminar. "Você percebe a diferença de que não é
um cansaço físico, daí seu corpo já vai emitindo sinais de alerta e você
precisa ficar atento a isso", disse.
A enfermeira contou que
tentou resistir aos sintomas, mas, em um determinado momento, não aguentou
mais. "Fiquei em isolamento domiciliar e meu quadro foi agravando. Cada
dia os sintomas aumentavam. Fui socorrida e precisei ficar internada no
hospital que trabalho", afirmou.
Morgana recebeu os cuidados da equipe médica que compõe. Recuperada,
voltou para casa e recebeu o suporte da mãe e dos irmãos, que prepararam as
refeições para ela, marido e os dois filhos, que também foram infectados pelo
coronavírus.
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