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Só 1 de cada 3 autores de estudos sobre Covid-19 é do sexo feminino



A ciência mundial nunca investigou tanto e tão aceleradamente sobre um único tema: o novo coronavírus. Mas as pesquisadoras mulheres estão ficando de fora dessa corrida acadêmica.


De acordo com um estudo publicado no periódico BMJ Global Health nesta quinta (11), só um terço de quem assina as pesquisas sobre a Covid-19 no campo da saúde são mulheres. E, vale lembrar, as ciências de saúde são consideradas uma área “feminina”.

Estatisticamente, as pesquisadoras representam 34% de quem participou de alguma forma de resultados científicos publicados no mundo sobre a Covid-19.
Entre quem lidera os estudos sobre o novo coronavírus, a presença feminina cai mais um pouco: só 29% dos trabalhos têm uma mulher no topo da lista de autores –como Ana-Catarina Pinho-Gomes, médica portuguesa e pesquisadora na Universidade de Oxford (Reino Unido) responsável pelo levantamento.
Como as mulheres são metade dos pesquisadores na área da saúde (inclusive no Brasil), a hipótese da pesquisadora era a de que elas também fossem metade dos autores dos trabalhos sobre o novo coronavírus.
“O problema é que a Covid-19 atinge homens e mulheres, mas as respostas para a doença estão sendo pensadas sobretudo por homens”, diz Ana-Catarina. Na prática, a sub-representação das pesquisadoras nos trabalhos acadêmicos tende a criar também uma sub-representação de questões relevantes para as mulheres na pandemia.
Esse é o primeiro levantamento que analisou, por gênero, a produção acadêmica de saúde debruçada especificamente na Covid-19. Foram mapeados 1.445 estudos científicos publicados na área médica sobre o vírus de 1º de janeiro a 1º de maio.

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