A Vigilância Sanitária apreendeu, nesta segunda-feira
(18), 12.135 testes rápidos para detecção da Covid-19, em uma drogaria de Samambaia, no Distrito
Federal. Segundo o órgão, o estabelecimento não tem autorização para vender os
kits e foi autuado.
Os fiscais chegaram
ao local após uma denúncia anônima feita ao Conselho Regional de Farmácia
(CRF). O conselho acompanhou a inspeção.
Até a publicação
desta reportagem, o G1 não
conseguiu falar com a drogaria.
Conforme a
denúncia, a drogaria vendia cada caixa de testes rápidos por cerca de R$ 3,5 mil. "Além de autuado, um processo
administrativo sanitário será aberto contra o estabelecimento, com prazo para a
defesa responder no auto da infração", explicou a Vigilância Sanitária.
"A multa para a drogaria pode variar de R$ 2 mil a R$ 75 mil."
Venda proibida
A legislação proíbe
a venda de testes rápidos nas drogarias (veja mais abaixo).
"Apenas é permitido, por meio da Anvisa, que as drogarias realizem o teste por
meio do profissional habilitado, que é o farmacêutico. Mas elas não podem
comercializar para pessoas físicas ou empresas", disse a gerente de
Medicamentos e Correlatos.
Apesar de terem
sido apreendidos 12.135 testes, faltaram 465 do total comprado. Conforme os
auditores, esses testes foram vendidos pela drogaria.
"Desses, 260
tinham notas fiscais de compra, enquanto as 205 restantes não tinham os
comprovantes".
Conforme a equipe
que autuou a drogaria, "as 260 unidades foram vendidas para empresas, como
demonstram as notas, enquanto as outras 205 os responsáveis pela drogaria não
explicaram o que fizeram, porque estão sem nota fiscal".
Ainda de acordo com
a Vigilância Sanitária, apesar da venda sem autorização, "os produtos
estão regulares e ficarão guardados até o final do processo, quando será decidido
se os testes rápidos apreendidos podem ser devolvidos à distribuidora que os
vendeu à drogaria, ou se terão outra destinação".
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