Em meio à pandemia de Sars-Cov-2 no Distrito Federal, uma classe de trabalhadores que presta serviço essencial à população está com medo. Motoristas e cobradores de ônibus já somam seis mortes e 27 casos de contaminação pelo novo micro-organismo, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre do DF (Sittraer-DF).
As estatísticas mostram que do total de 73 óbitos em todo o DF, 8% eram de condutores ou trocadores de coletivos. Para os funcionários das empresas, a explicação é lógica: os veículos lotados facilitam a propagação do vírus mortal.
O diretor do Sittraer-DF, João Osório, confirma o temor instalado entre os trabalhadores do setor. “Alguns cuidados estão sendo tomados, como uso de máscara e álcool em gel, mas isso não é capaz de trazer tranquilidade. O trabalho dos profissionais rodoviários tem sido encarado como um grande desafio”, salientou.
O que diz o GDF
Procurada, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) informou que, desde o início de março, “todas as empresas que operam no sistema de transporte público do DF passaram a realizar a higienização dos veículos, antes das viagens, com desinfetante de hipoclorito de sódio”.
A pasta ainda diz ter determinado a todas as empresas que disponibilizem máscaras faciais para motoristas e cobradores dos ônibus do sistema de transporte público coletivo. Os empregados das concessionárias que operam no DF também são orientados a informar aos passageiros sobre a obrigatoriedade e a importância do uso do acessório protetivo.
Nas redes sociais da Semob e nas televisões dos ônibus e do metrô, há campanhas educativas sobre o tema. Além disso, a pasta diz ter distribuído cartazes nos coletivos.
0 comentários:
Postar um comentário