Artigo: Élton Skartazini
Estamos diante de uma bifurcação de caminhos à ‘civilização’, que é o estágio evolutivo mais avançado de uma sociedade, e à ‘selvageria’, que é o comportamento selvagem, rústico, grosseiro... Na selvageria ocorrem as várias formas de violência, entre elas o feminicídio, crime de ódio baseado no gênero, assassinato de mulheres. Sábado, dia 01/02/2020, Samambaia/DF escolheu caminhar contra a violência.
O ato ocorreu na 1ª Avenida Norte, promovido pela Administração Regional - RA XII/DF. Vieram órgãos públicos, associações, artistas, políticos e a sociedade em geral, preocupada com a crescente onda de violência na cidade, especialmente contra as mulheres. Em quinze dias de janeiro último foram registrados três feminicídio em Samambaia, trazendo tristeza e a certeza de que não dá para calar diante disso.
Entre as manifestações prevaleceu a arte que alerta, conscientiza, expõem a violência, cura feridas... O canto coral de crianças arrepiou a mente só de pensar que ali estariam órfãs de vítimas de feminicídio. Poemas realistas narraram histórias cruéis sobre esses crimes de ódio, desprezo e perda. A obra ‘Medo’, de Daniela Iguizzi, “expressa um sentimento comum às mulheres, nas esquinas, nos ônibus, em casa”, disse a artista!
Em eventos assim as pessoas elevam sua consciência sobre o que fazer para reverter essas ondas de crimes que as aflige. A participação de agentes da Secretaria da Mulher, da Secretaria de Segurança Pública e demais órgãos públicos humaniza vínculos de segurança e envolvimento, amparando famílias das vítimas e inibindo a ‘cultura da violência’ no seio de sociedade e nas entranhas das próprias instituições.
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