Sessenta e cinco sucatas foram recolhidas em Samambaia e Ceilândia durante a operação DF Livre das Carcaças, deflagrada no início da semana pelo Governo do Distrito Federal para reduzir os focos do mosquito Aedes aegypti. Nesta quinta-feira (20), o Guará foi escolhido para receber as ações. A previsão é de que até 50 veículos abandonados sejam recolhidos.
“O objetivo principal é retirar das ruas as sucatas que acumulam água e que atraem as larvas do Aedes. Onde tiver mais focos do mosquito, os agentes estarão passando para retirar as carcaças de veículos abandonados”, comentou o diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Edgar Rodrigues.
A operação, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública, conta com o suporte dos agentes de Vigilância Ambiental e das administrações regionais. Reforçam o trabalho o efetivo e os equipamentos do Departamento de Trânsito (Detran-DF), da Defesa Civil e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que incluem desde guinchos a caminhões munck, usados para movimentar e carregar grandes cargas.
Além disso, também contribuem com a ação internos do regime semiaberto supervisionados pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), que trabalham pelo programa Mãos Dadas. A iniciativa, criada em 2011, visa a oferta de trabalho a esse público, remunerado ou voluntário.
Necessidade
À frente da ação, o coordenador dos Conselhos Comunitários de Segurança do Distrito Federal, Marcelo Batista, pontuou a necessidade de que a ação seja realizada constantemente. “É importante porque já encontramos sucatas que estavam a mais de dez anos paradas, acumulando focos de dengue. Mais que uma ação de governo, é questão de saúde pública”, afirmou.
As ações têm sido coordenadas para ter execução semanal. Assim que o trabalho chegar ao fim no Guará, a expectativa é de que a próxima região administrativa visitada seja Taguatinga. “Como trabalhamos com base no número de casos de dengue por região, devemos ir também em outros pontos que estão precisando, como Planaltina”, informou Marcelo Batista.
Decreto
Segundo o coordenador, um novo decreto pode ser elaborado, paralelamente à operação, com o objetivo de garantir a devida destinação às sucatas recolhidas. Provisoriamente elas têm sido levadas para depósitos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), onde agentes de Vigilância Ambiental fazem o controle vetorial.
“Além disso, é necessário um dispositivo legal que também prevê a retirada de veículos com chassi e que tenham dono, mas que estão abandonados e acumulam criadouros do mosquito. O controle diário dessas carcaças se torna mais eficaz com medidas como essa”, ressaltou Batista.
Conforme o levantamento preliminar realizado por agentes públicos do GDF, aproximadamente 700 sucatas foram mapeadas em todo o Distrito Federal.
* Com informações da Secretaria de Saúde
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