O Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPC-DF) enviou ofício ao Governo do DF solicitando informações sobre o reajuste de 10% nos preços das passagens de ônibus e metrô da capital. Em ofício enviado ao secretário de Mobilidade, Valter Casimiro, o MPC dá prazo de 48 horas para que o governo repasse os dados utilizados para justificar o reajuste.
As
passagens ficaram mais caras nesta segunda-feira (13). Com o aumento, os
valores subiram para:
Circular
interna: de R$ 2,50 para R$ 2,75
Ligações
curtas: de R$ 3,50 para R$ 3,85
Metrô/Longas/Integração:
de R$ 5 para R$ 5,50
No
documento enviado ao GDF,
o procurador-geral do MPC, Marcos Felipe Pinheiro Lima, pediu cópia do processo
que embasou o aumentos das passagens, além dos estudos utilizados para a
definição do valor do reajuste.
O ofício foi
enviado na quinta (9), antes mesmo de o aumento ser publicado no Diário Oficial
do DF. O prazo de 48 horas úteis vence no fim da tarde desta segunda (13). O G1 questionou a Secretaria de Mobilidade sobre o
pedido, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
O ofício foi
enviado na quinta (9), antes mesmo de o aumento ser publicado no Diário Oficial
do DF. O prazo de 48 horas úteis vence no fim da tarde desta segunda (13). O G1 questionou a Secretaria de Mobilidade sobre o
pedido, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Aumento polêmico
O reajuste foi anunciado na última
quinta e oficializado na sexta (10). Ao justificar a medida, o secretário de
Mobilidade disse que o reajuste é necessário para compensar os gastos com a
manutenção do sistema. Passageiros criticaram a medida e reclamaram da qualidade do
serviço.
Segundo Valter Casimiro, as despesas
de custeio do transporte público cresceram 16,19% desde o último reajuste das
tarifas, em 2017. Ele alegou que "apenas" 10% dessas
"perdas" estão sendo transmitidas aos passageiros.
Ainda de acordo com o secretário, os
subsídios pagos pelo governo chegaram a R$ 700 milhões em 2019. Desse total, R$
540 milhões foram destinados à gratuidade oferecida a estudantes e pessoas com
deficiência. Contudo, ele afirma que "não é isso [o passe livre] que gera
a necessidade desse aumento".
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