Familiares de Henrique Fabiano Dias Coelho (foto em destaque), 25 anos, não se conformam com o assassinato brutal do motorista de aplicativo. Irmã da vítima, Anna Liz, 17, conta que ainda não acredita no que ocorreu. “Até agora penso que ele vai chegar a qualquer momento trazendo uma caixa de pizza, como sempre fazia. Mas não vai”, disse ao Metrópoles, na manhã desta segunda-feira (14/10/2019).
Muito abalada, a jovem ressaltou que o irmão tomava certas precauções durante os percursos que fazia pelo aplicativo. E só atendeu ao chamado porque o destino era uma igreja em Águas Claras, de onde os garotos acionaram o serviço. “Ele (Henrique) até recusava quando suspeitava que as corridas eram perigosas. Se fosse porta de balada ou festa, ele nem ia. Mas em uma igreja… A gente nem imaginava que isso poderia acontecer”, desabafa.
Segundo Anna, os suspeitos jogaram o celular de Henrique fora, provavelmente para que o aparelho não fosse rastreado. Destacou ainda que o irmão era muito cuidadoso e correto no trabalho. “Não tem por que esses meninos terem feito isso. Foi por pura maldade e diversão. Eles ficaram dando voltas no carro”, frisa. A família da vítima mora em Samambaia. A jovem conta que sempre assistia aos jogos do Flamengo com Henrique. Ele sempre a orientava nos estudos e quanto às amizades.
Juliana lembra-se do relacionamento com emoção. E diz que, exatamente nesta segunda, faz um ano de uma viagem que os dois fizeram a Vitória (ES), onde trocaram aliança de compromisso. A namorada de Henrique reforça a versão da irmã da vítima de que se fosse na porta de festa, ele não aceitaria a corrida.
Adolescentes apreendidos
Seis adolescentes foram apreendidos pela Polícia Militar na noite de domingo (13/10/2019). Eles são suspeitos de roubar e matar um motorista de aplicativo. O grupo estava com o carro e outros pertences da vítima. À PM, os garotos deram detalhes do crime e disseram que estrangularam Henrique porque o rapaz reagiu ao assalto. O corpo do trabalhador foi encontrado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) por um taxista. Em 48 horas, dois condutores de app morreram no Distrito Federal.
Juliana comenta que, pelo perfil de Henrique, ele não reagiria. “A gente sempre conversava sobre isso. E ele dizia: ‘Se um dia roubarem o carro, espero que sumam com ele’, porque tinha seguro. Ele não se arriscaria dessa forma. Na hora que eles atacaram, ele pode talvez ter pegado o celular para avisar”, comentou.
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