Após 77 dias de greve, o Metrô do Distrito Federal voltou
a funcionar nesta quinta-feira (18) em horário normal. Às 7h, todos os 24 trens
estavam operando. Antes, por causa da paralisação, apenas 75% dos veículos circulavam nos
horários de pico.
Apesar do retorno da atividade, algumas estações abriram
as portas, mas as bilheterias permaneceram fechadas. Na estação Praça do
Relógio, por exemplo, os usuários acessavam o serviço gratuitamente por volta
das 7h30. Não havia funcionários nos guichês.
No terminal de Ceilândia, das quatro bilheterias, apenas
uma estava em operação. Usuários relataram o mesmo problema no Centro
Metropolitano, em Taguatinga.
O fim da greve é em cumprimento a
uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10).
Na terça-feira (16), a Justiça entendeu que a paralisação dos servidores é
legal, mas determinou a volta dos metroviários ao trabalho. O Metrô calculou
prejuízo de R$ 8,8 milhões por conta da suspensão do serviço.
Segundo os desembargadores do TRT-10, parte das reivindicações da categoria já está sendo atendida, como o pedido para oficializar a jornada de trabalho dos pilotos em 30 horas semanais (entenda abaixo).
Corte nos pontos
A Justiça também proibiu a
empresa de cortar o ponto dos servidores que participaram da greve. No entanto,
uma liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) permitiu o desconto no
salário dos grevistas. O sindicato afirma que vai recorrer da decisão.
Nessa quarta (17), o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que os cortes
salariais serão feitos no contracheque dos servidores e ainda criticou o
serviço de transporte no DF. "Não conheço ninguém que possa dizer que o
serviço de metrô no Distrito Federal seja bem prestado".
"[Os metroviários] perderam
todas suas cláusulas de benefício. Vão ter os salários cortados porque tenho
uma decisão do TST que me autoriza. A folha [de pagamento] que fecha hoje sai
com cortes salariais desse mês, e os dos meses anteriores vão sair em
agosto."
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